“Chegou, chegou, chegou, com Deus,
Chegou, chegou,
O Caboclo das Sete Encruzilhadas
Ovelhas abnegadas do rebanho de Maria
Salve o Sete Encruzilhadas salve Estrela da Guia
Salvai, salvai o doce nome de Maria
A virgem da piedade há de ser a nossa guia”
Okê arô! (yorubá)
Okê (monte); arô (título honroso dado aos caçadores) - Salve o grande Caçador!
okê Caboclo
I
Foi Zambi quem criou o mundo
Só Zambi pode governar
Foi Zambi quem criou
A estrela que ilumina
Oxossi lá no Jurema
Oke, Oke, Oke,Oke meus caboclos Oke
II
Oxalá chamou e já mandou buscar
os caboclos de Jurema
Lá no Juremá
Pai Oxalá é o Rei do mundo inteiro
Ja deu ordens pra Jurema
Mandar seus capangueiros
Mandai, mandai
Minha Cabocla Jurema
os seus guerreiros
essa é uma ordem suprema!
III
Jurema deu um estrondo
e toda a terra estremeceu
Onde estão os capangueiros da Jurema
que até agora não apareceu
IV
Quando ele vem,
Lá de Aruanda,
Mas ele vem com ordem de Oxalá!
Sua missão é muito grande,
É espalhar a caridade,
E aos seus filhos abençoar
Saravá Mamãe Oxum!
Saravá papai Oxalá,
Saravá Caboclo Arruda
Ele é nosso Chefe,
É dono desse jacutá.
V
Está iluminada a nossa banda
Está cheio de flor o meu conga
Meu Pai Arruda é tudo que faço
Meu Pai Arruada
Ilumina os caminhos por onde eu paço
VI
Caboclo bom é aquele que mais brilha
Oi na coroa da Virgem Maria
Seu Capacete brilha de noite e de dia
No terreiro de Umbanda
Sete Estrelas é nosso Guia
VII
Jurema, oh Juremê Juremá
É uma cabocla de pena, filha de Tupinambá
Rainha da pontaria nunca se viu ela errar
Tem a pele bronzeada, os olhos cor do luar
Passa correndo nas folhas não se ouviu seu pisar
É uma cabocla de pena.
VIII
Foi numa tarde serena
No sertão lá da Jurema
Ouvi um caboclo Bradar
Quiô, Quiô, Quiô, Quiô quiera
A umbanda está em festa
Saravá seu Sete Flechas
Que ele é o Rei lá da Floresta
IX
Ouvi meu pai assobiar
Ele mandou chamar (bis)
Vem de aruanda ê, Vem de aruanda á
Todos os caboclos de umbanda
Vem de aruanda ê (bis)
X
Na mata virgem uma coral piou
Ele atirou a sua flecha certeira (bis)
Ele atirou, ele atirou, ele atirou,
Atira caboclo lá nas matas da Jurema (bis)
XI
Ê êeê Caboclo Sete Flexas no congá
Sarava seu Sete Flexas
Ele é o Rei das matas
A sua bodoque atira
Caboclo, a sua flecha mata.
XII
Quem vem lá sou eu
Quem vem lá sou eu
Quem vem lá sou eu
Boiadeiro eu sou
XIII
Naquela estrada de areia,
Aonde a lua clareou,
Todos os caboclos pararam,
Para ver a procissão de São Sebastião.
Okê, okê, caboclo!
Meu pai Oxossi é São Sebastião.
XIV
Vermelho é a cor do sangue do meu pai
e verde é a cor das matas
vermelho é a cor do sangue do meu pai
e verde é a cor das matas
Saravá seu Rompe Mato da Jurema
Saravá a mata onde ele mora
XV
No meio da mata eu vi
Dois nomes cravados num toco de pau
De um lado era seu Mata Virgem
Do outro seu Cobra Coral
No meio da Mata Virgem eu vi
Os dois caboclos
Falavam a língua Tupi-guarani
XVI
Auê cauena
Eu vi caboclo na mata eu vi
Caboclo dizendo que era Tupi,
Mas ele é o rei do arerê
XVII
Seu Mata virgem
Quando vem das matas
Ele traz na cinta uma cobra coral
Oi é uma cobra-coral
XVIII
Seu Arranca Toco é de aruanda,
é de nagô também
Quando ele chega na umbanda
auê, auê
XIX
Ele veio de tão longe para sarava uendá
Bendito louvado seja ele é o Rei do Panaiá
Bate atabaque lá na aldeia ieia
XX
Seu caçador na beira do caminho
Ah não me mate a coral na estrada
Ele abandonou sua chopana caçador
foi romper da madrugada
XXI
Caboclo, Caboclo ele é filho da guiné
Se seu pai é rei ele é príncipe é.
XXII
Ele é caboclo da banda de lá
Quando vê a cobra, corre pra matar
Ele atirou a sua flecha mas errou, (bis)
Sentou-se na areia e pôs-se a chorar
Mas quando vê a cobra corre prá matar (bis)
XXIII
Eu mandei fazer,
Três capacetes de pena
Um é pra Jandira,
Outro é pra Jupira,
E outro é pra Jurema
XXIV
Jurema sua mata é verde,
É verde como a cor do mar
Auê, Caçador da Jurema, (3x)
Juremá
XXV
Kokê kokê kokê à (bis)
Lá na Jurema, onde moram meus caboclos
Onde moram vencem demandas
Sucuri piou, sucuri piou
XXVI
Seu Mata Virgem
Sua banda está em festa
O céu e o mar estão cantando em seu louvor
Olha a cobra coral, piou, piou
Cobra coral está cantando em seu louvor
XXVII
Sucuri jibóia
Quando vem beirando o mar (bis)
Olha quanto boi ganhou
A sua cobra coral (bis)
XXVIII
Getuê getuá
Corda de laçar seu boi
Getuê getuà
Corda de seu boi laçar
Getuê getuá
Boiadeiro vai laçar
XXIX
Seu boiadeiro olha que linda boiada (bis)
Está faltando um, está faltando um,
P´ra completar a boiada (bis)
XXX
Ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô (bis)
Lá vem seu Boiadeiro
Tocando a sua boiada (bis)
XXXI
Jurema o seu saiote é tão lindo
Seu capacete de penas
Como brilha o seu diadema
Jurema ê ê, Jurema ê á,
Jurema filha de Tupinambá (bis)
Ela sempre foi e sempre será
Rainha da Jurema onde canta o sabiá
XXXII
Zum, zum, sou eu, venha ver quem é
Ele é seu Folha Verde Sua figa é de guiné
XXXIII
Sentado em baixo de um arvoredo,
No meio da mata virgem,
Uma coral piou
Era o Caboclo Mata Virgem
Que na coral se transformou
Foi aí que ele me disse
Numa linguagem guarani
Sou filho de luar descendente de Tupi.
XXXIV
Seu Mata virgem, lá nas matas da Jurema
Entrou no rio para se molhar
O seu saiote entrou dentro d água
Mas a água não quis lhe molhar
Eh, re re rê, Eh re re rá
Seu mata virgem porque será?
XXXV
Okê, okê caboclo
Seu Mata Virgem é da raiz da Urucá
Mas oh que lindo caçador
Naquelas matas onde a coral piou
XXXVI
Sou boiadeiro da serra
Eu vim buscar minha boiada (bis)
Na mão direita meu laço
Na esquerda a minha guiada
Não deixo meu boi fugir
Eu vou cantando na estrada
Laia laia lalauê (bis)
XXXVII
Como é bonito é
Assistir festa na mata
Ouvir o som da cascata E o canto do sabiá
Que noite linda Bela noite de luar
Foi no clarão da lua
Que eu vi Caboclo Arruda passar
A mata está em festa
Toda coberta de flor
Até os passarinhos cantam
Oh meu caboclo
eles cantam em seu louvor
ôooooo quanta beleza
ôooooo quanto esplendor
como é bom ter a certeza
que Caboclo Arruda
é nosso protetor (bis)
XXXVII
Um grito na mata ecoou,
Foi seu Folha Verde quem chegou
Com sua lança, com seu cocar,
Seu Folha Verde vem nos ajudar
XXXVIII
Galo cantou na serra, a mata estremeceu
Caboclo seu Pena Branca na Cachoeira apareceu
Ele é caboclo guerreiro que mora no rochedo
Somente Cobra coral Conhece dele o segredo
Saravá seu pena Branca, sarava seu abasé
Traz na o seu bodoque pra defender filhos de fé
ele vem de aruanda trabalhar nesse abasá
sarava seu pena branca o guerreiro de Oxalá
sua fecha vai certeira vai pegar o feiticeiro
que fez juras e mandingas para o filho do terreiro
Pega o arco atira a fecha que esse bicho é corredor
Mas deve ser castigado ele é merecedor
XXXIX
Eu vi na margem do rio, em linda manhã serena
Caboclo Seu Folha Verde, firmando ponto na areia
Galo cantou na serra, a mata estremeceu
Caboclo Seu Pena Branca, na cachoeira apareceu
Ele é Caboclo Guerreiro, que mora no rochedo
Somente Mata Virgem, conhece dele o segredo
XL
Oxossi encontrou Jurema
Na beira o igarapé (bis)
Cobriu com folhas verdes,
perfumou-a com guiné (bis)
XLI
Seu irmão é Flor do Dia,
Flor da Manhã e Pena Dourada.(bis)
Ele é o Orvalho da Noite,
Sereno da Madrugada.(bis)
Mundera alumeia o mundo,
Elena a imensidão.(bis)
Papa ceia vem guiando,
O chefe guerreiro e o índio Jaguarão
XLII
Quando eu ouvir o teu brado
Invadindo as matas
Eu saberei quem é você
Caboclo que nasceu na floresta
Hoje é teu grande dia
A tua mata está em festa
Caboclo quando tu souberes
Que a tua força vem das matas
Das folhas que recobrem toda a terra
Da água lá do alto das cascatas
O mar te brindará com suas ondas
O céu ficará todo estrelado
O vento te saúda nesta hora
Oi saravá caboclo iluminado
XLIII
As ondas estouravam lá na praia
Quando a cabocla ali chegou
Surgiu um arco íris (bis)
Tão lindo que encantou
A Jurema deu seu nome e bradou
Depois do brado ela saudou
Iemanjá com muito amor
A Jurema foi lá na praia
Pra fazer festa no batuque do tambor
Quando a Jurema vem (bis)
Quando a Jurema vem, Ela vem no batuque
Tirando as mandigas dos filhos que tem
Toca, toca o atabaque
A Jurema vai chegar
Ela vai firmar seu ponto
Com a força de Iemanjá
Toca, toca o atabaque, A Jurema já chegou
Ela trouxe do astral
A bondade e o amor
XLIV
Eu vi lá na mata um dia (bis)
Seu ventania sentado na pedra fria
Ele bradava, ele assobiava (bis)
E lá no céu uma estrela brilhava
XLV
Lembrai do Caboclo Arruda, lembrai
Lembrai ele é nosso pai
Ele é caboclo todo coberto de penas
Ele é cacique lá nas matas da Jurema
XLVI
A noite quando cai lá na aldeia,
E os caboclos começam a se reunir
Sob a luz da lua eles falam a zambi
fazendo oferendas cantando em guarani
Orixa xáeu Orixa Ránauê
XLVII
Que linda cabocla coberta de penas
Capitão das matas mandou lhe chamar (bis)
Lá vem a força que a Jurema tem (bis) dá
XLVIII
A mata estava escura
Os anjos anunciaram
No seio da mata virgem
O seu Oxossi aqui chegou
Mas ele é o rei, ele é o rei, ele é o rei
Mas ele é o rei na aruanda, ele é o rei (bis)
XLIX
Eu corri terra eu corri mar
Até que eu cheguei na minha congá (bis)
Olha viva oxoce lá nas matas
Que a folha da Jurema ainda não caiu (bis)
L
Quando aruanda ciar
Eu quero ver quem é (bis)
É o teimoso de aruanda
É o caboclo rei guiné (bis)
LI
Caboclo não tem caminho,
Para caminhar. (bis)
Caminha pôr cima da folha,
Pôr baixo da folha,
Em todo lugar.
Okê Caboclo!... (bis)
LII
Fui buscar no meu congá
Que eu deixei lá na aruanda
Aqui está o Caboclo Arruda
Pra vencer esta demanda
A falange do Arruda é de força é de ação
Da Virgem N. Senhora
Eles têm a proteção
LIII
Caboclo, sua mata é linda
É verde da cor do mar,
Auê, Caçador da Jurema
oh Jurema
LIV
Eu vi chover eu vi relampejar
Mas mesmo assim o céu estava azul
Firma seu ponto lá na folha da Jurema
Oxóssi é bamba no maracatu
LV
Nasci na mata
Da mata não tenho medo
Nasci na mata
Embaixo do arvoredo
Nasci na mata
Da mata não tenho medo
Nasci na mata
Embaixo do arvoredo
Seu pena Branca que nasceu na Jurema
Mãe Oxum apanhou e ajudou a criar
Mas ele é o Rei Caçador
Ele é filho da Cinda e da cobra coral.
LVI
Ô Calinza,
Nasceu na boca da mata eu sei
Nasceu na boca da mata eu vi
Caboclo que vem das matas
Ele é conque
Ele é seu sete flexas do Arerê
Ô Calinza,
LVII
Ai se não fosse a folha da Jurema
O que seria do Caboclo Juruá
Jurema, Jurema, Jurema
É a Jurema do Caboclo Juruá
LVIII
Se o seu saiote é carijó,
e a sua fecha é de indaiá,
os caboclos vem serenos, como sereno é
Oxóssi é rei da macaia,
Oxóssi é Rei da guiné
Ele atirou
Ele atirou e ninguém viu
Seu Pena Branca é quem sabe
Aonde a flecha caiu
LVIX
Os rios da Oxum são muito largos,
Lagoas da Iara matam a sede. (bis)
Saravá este Terreiro de Umbanda, saravá,
Saravá meu bom caboclo Folha Verde.(bis)
LX
Temporal passou na mata,
Meu Deus, mas que ventania. (bis)
Era o Caboclo Folha Verde,
Que bradava ao romper do dia. (bis)
LXI
Ele veio da sua mata,
Veio saravá o congá.
Sua suna é Pena Verde,
Aqui e em qualquer lugar.
LXII
Caboclo Roxo da pele morena
É Seu Oxossi Caçador, caçador da Jurema
Ele jurou e torna a jurar
Pelos conselhos que a Jurema
Vem nos dar
LXIII
Ê Juremê, Ê Jurema
Sua flecha caiu serena, ô Jurema
Dentro desse congá
Salve São Jorge Guerreiro,
Salve São Sebastião
Salve todos os caboclos
Com a sua proteção
LXIX
Quem manda na mata é Oxossi
Oxossi é caçador (bis)
Ouvi meu Pai assobiar
Ele mandou chamar
É na Aruanda ê
Seu Pena Branca de Umbanda
É na Aruanda ê
LXX
Caiu uma folha na Jurema
Veio o sereno e molhou
E depois veio o sol
Enxugou, enxugou
E as matas se abriram
Toda em flor
LXXI
Estrela, matutina
Clareia o mundo, sem parar
Estrela que guiou os três reis magos
Mostrando para o mundo o salvador
Iluminai também nosso terreiro iluminai
Com fé esperança e amor
LXXII
Com seis dias de nascido
Minha mãe me abandonou (bis)
Me deixou na mata virgem
Seu Mata Virgem me criou
Seu Mata Virgem é o rei
Que lá nas matas mora (bis)
Vem aqui ver seus filhos
Que tanto te adora (bis)
LXXIII
Na mata virgem
Uma coral piou,
Ele atirou a sua fecha certeira
Ele atirou ele atirou ele atirou
Atira caboclo lá na mata da Jurema
LXXIV
Quem vem lá sou eu (bis)
Boiadeiro eu sou
LXXV
Naquela estrada de areia Aonde a lua clareou
Todos os Caboclos param
Para ver a procissão De São Sebastião
Oke, Oke, Oke, Caboclo
Meu pai Oxossi é São Sebastião
LXXVI
Vestimenta de Caboclo é samambaia,
É samambaia, é samambaia (bis)
Olha Caboclo não se atrapalha
Saia do meio da samambaia (bis)
LXXVII
Dentro da mata virgem
Uma linda cabocla eu vi
Com seu saiote Feito de penas
É a Jurema filha de Tupi
Com seu saiote Feito de penas
É a Jurema filha de Tupi
Jurema. Jurema, Jurema
Linda cabocla, filha de Tupi
Ela vem, lá da Juremá
Vem firmar seu ponto
Nesse congar
LXXVIII
Jurema deu um estrondo
que toda a terra estremeceu
por onde anda os companheiros da Jurema
que até hoje não apareceu
Jurema
ô juremê juremá
é uma cabocla de pena
filha de tupinambá
rainha das águas e areias
nunca atirou pra errar
é uma cabocla de pena
LXXIX
Ele atirou e ninguém viu
Só seu Mata Virgem é que sabe
A onde a flecha caiu
LXXX
Assobiou, assobiou, assobiou
Firma cabeça que Oxossi vem aí
Assobiou, assobiou, assobiou
Firma cabeça que Oxossi vem aí
LXXXI
Oxalá chamou!
Oxalá chamou e já mandou buscar
Os caboclos da Jurema
Pro seu Juremá
Pai Oxalá
É o rei do mundo inteiro
Já deu ordens pra Jurema
Chamar seus capangueiros
Mandai, Mandai
Minha cabocla Jurema
Os seus guerreiros
Essa é a ordem suprema!
LXXXII
Tava na beira do rio
Sem poder atravessar
eu chamei pelos caboclos
Caboclo Tupinambá
eu chamei pelos caboclos
Caboclo Tupinambá
Tupinambá chamei
Chamei tornei chamar eaahhh
Tupinambá chamei
Chamei tornei chamar eaahhh
LXXXIII
São três folhas
São três folhas que ele traz
São três folhas
Caridade, Amor e Paz
LXXXIV
Saravá seu Pena Branca
Saravá seu apache
Pega flecha e seu bodoque
Pra defender filhos de fé
Ele vem de Aruanda
Trabalhar neste cassuá
Saravá Seu Pena Branca
No terreiro de Oxalá
Sua flecha vai certeira
Vai pegar no feiticeiro
Que fez juras e mandingas
Para o filho do terreiro
Pega o arco, atira a flecha
Que esse bicho é caçador
Além de ser castigo
Ele é merecedor
LXXXV
Tupinambá é canga na batalha
Tupinambá ee Tupinambá
Tupinambá guerreiro de Oxóssi
Tupinambá ee Tupinambá
Tupinambá vem defender seus filhos
Tupinambá ee Tupinambá
Só não apanha Folha da Jurema
Sem ordem suprema Do Pai Oxalá
Só não apanha Folha da Jurema
Sem ordem suprema Do Pai Oxalá
Eu vi na margem do rio,
Em linda manhã serena,
Caboclo Seu Pena Verde
Firmando ponto na areia
LXXXVI
Alojá) Seu boiadeiro por aqui choveu
Choveu, choveu Relampejou
Foi nessa água que seu boi nadou
LXXXVII
Oi Salve o sol, Salve a Estrela Guia
Saravá seu ventania, umbanda vamos saudar
Oi salve a folha da macaia na Jurema
Salve cabocla de pena filha de Tupinambá
A lua brilha iluminando o mundo inteiro
Clarindo o terreiro para caboclo passar
Quiô, Quiô, Okê, O quiô quiá
Salve a folha da macaia Umbanda vamos saudar!
Firmou seu ponto na raiz da Orucaia
Jurema e Cabocla Iara, Vieram pra confirmar
Bendito seja o nome deste caboclo
Saravá arranca toco saravá Pai Oxalá
Caboclo Arruda que chegou neste terreiro
Junto com João Mineiro Umbanda vamos Saudar
Seus filhos vibram com o brado do caboclo
Saravá Arranca Toco, Arruda e Tupinambá
LXXXVIII
Seu Pena Banca que mata é a sua
Onde pia a cobra, canta o sabiá
E clareia a Lua
LXXIX
Quando meu tambor rufar eu sinto a presença de Tupinambá
Deixa a folha cair, Veja uma estrela brilhar
A macaia está em fasta, pra ver Tupinambá chegar
Ela é caboclo ele vem caçar, ele é guerreiro
Ele é Tupinambá
PONTOS DE BOIADEIRO
Getuê, Getuá! Marrubaxêtro
I
(Cabula) Getuê getuá Corda de laçar seu boi
Getuê getuà Corda de seu boi laçar
Getuê getuá Boiadeiro é laçador
Getuê getuá Boiadeiro vai chegar
II
Ele é caboclo ele é Flecheiro
Bumba na calunga
É caçador de feiticeiro
Bumba na calunga
ele vai firma seu ponto
Bumba na calunga
Oi firma aqui e lá na Angola
Bumba na calunga
III
(Cabula) Sou boiadeiro da serra
Eu vim buscar minha boiada (bis)
Na mão direita meu laço
Na esquerda minha guiada
Não deixo meu boi fugir
Eu vou cantando na estrada
Laia laia lalauê (bis)
IV
(Cabula) Seu boiadeiro olha que linda boiada (bis)
Está faltando um, está faltando um,
P´ra completar a boiada (bis)
Ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô (bis)
Lá vem seu boiadeiro
Tocando a sua boiada (bis)
V
(Congo) De manhã cedo na capela bate o sino
Seu boiadeiro veio aqui para rezar
Trabalhador não tem noite, não tem hora
Galo cantou tá pronto pra trabalhar
VI
(Barravento) Chetruê, Chetruá
Minha corda é de laçar
Chetruê, Chetruá
Meu boi fugiu mandei buscar
V
(Cabula) Cadê minha corda de laçar meu boi
O meu boi fugiu eu não sei pra onde foi
VI
(Cabula) Vem, boiadeiro vem, gira seu laço na mão,
Seu boiadeiro toca boi, toca boiada,
De dia de madrugada ele é o rei lá do sertão,
Chapéu de couro, ele toca seu berrante,
Ele faz sua zuada nas bandas do Chapadão, seu boiadeiro
VII
(congo) Na instância de boiadeiro,
Eu bebi água de gravatá. (bis)
Eu bebi água de gravatá,
Seu boiadeiro,
Eu bebi água de gravatá. (bis)
VIII
(Congo) Bandeira Branca trago do Pai Forte,
Trago no peito uma Estrela brilhante,
Deus lhe salve tua Casa Santa.
E salve tua espada de guerreiro
Estrela D’Alva quem guiou meus passos,
Foi quem me trouxe neste terreiro,
IX
(Congo) Atravessei o mar o mar à nado
Por cima de dois barris eu vinha ver a Juremeira
E os caboclos do Brasil
X
(Cabula) Era um boiadeiro Navizala, Chetruê.
XI
Eu vim de Minas trazendo minha boiada,
Na beira da estrada eu parei pra descansar,
Boiadeiro, ê, boiadeiro há
Boiada boa como a de Minas não há.
XII
Ele é carreiro da Estação da Leopoldina,
Vinha carreando boi lá pro estado de Minas
XIII
A minha boiada é de trinta e um
Vieram trinta
Está faltando um
Pra completar a boiada
XIV
Quem samba fica quem não samba vai embora
Eu vou chamar seu boiadeiro que vai começar o samba agora...
XV
Boiadeiro joga o laço pra laçar seu Boi Tatá,
Se o cavalo é puro-sangue, o cavaleiro nem se fala...
Chetruê, chetruá
XVI
(Alojá) Abalei minha roseira,
Para tirar do caminho.
Na aldeia de boiadeiro,
Não se pisa em espinho.
Na aldeia de boiadeiro,
Não se pisa em espinho.
XVII
(Alojá) Eu tenho meu chapéu de couro
Eu tenho a minha guiada
Eu tenho o meu lenço vermelho para tocar a minha vaquejada
XVIII
(Cabula) A menina do sobrado
Mandou me chamar
Pra ser criado
Eu mandei dizer a ela
Que to vaquejando seu gado
Auê boiadeiro
Ele gosta do samba rasgado
XIX
(Congo) Folha por folha,
Na mangueira tem.
Folha por folha,
Na mangueira tem.
Minha guiada êee
Minha guiada êea
XX
Oh no caminho boiadeiro toca o sino
Ele é menino mas já sabe trabalhar
Seu moço toque a guiada
Seu boiadeiro Bom Jesus do Mariá
XXI
(Barravento) Ele veio pelo rio de contas
Vem caminhando por aquela rua!
Olha que beleza
seu boiadeiro no clarão da lua!
XXII
(Congo de ouro) Cadê seu Boiadeiro aonde ele tá,
Ele tá fechando o corpo
Para trabalhar
Tange muito gado, cura muita gente
Ele é João Mineiro que cabra valente.
SUBIDA DE BOIADEIRO
I
Oh Deus lhe pague Babá,
Oh Deus lhe pague, Oh Deus lhe pague,
Pela hospitalidade. (bis)
Oh Deus lhe pague Cambono,
Oh Deus lhe pague, Oh Deus lhe pague,
Pela hospitalidade. (bis)
Oh Deus lhe pague Ogã,
Oh Deus lhe pague, Oh Deus lhe pague,
Pela hospitalidade. (bis)
Oh Deus lhe pague Casa Santa,
Oh Deus lhe pague, Oh Deus lhe pague,
Pela hospitalidade. (bis)
II
É com o laço de couro fino
Capote de pele quente
Seu boiadeiro já tá saindo
Sua boiada partiu na frente
III
Mais um adeus aleluia adeus
Vou pra Jurema quem vai embora sou eu
Mais um adeus aleluia adeus
Vou pra Jurema quem vai embora sou eu
Eu já vou, já vou eu já vou pra lá
Oxalá me chama eu já vou me retirar.
IV
Sinhazinha já me vou
Galo cantou na serra
Salvei iô iô salvei sinhá
Parti de estrada fora
Peço a ogum pra me ajudar
V
Água no pé da gruta
Na gruta da santa cruz
Seu boiadeiro é hora, é hora
Sua guiada é de Jesus
SUBIDA DE CABOCLO
I
A sua terra é longe
E eles vão embora
E vão beirando o rio azul
Adeus a Umbanda que os caboclos
Vão embora
E vão beirando
O rio azul
II
Caboclo apanha a sua flecha,
Apanha o seu bodoque,
O galo já cantou. (bis)
O galo já cantou lá na Aruanda,
Oxalá lhe chama,
Para a sua banda. (bis)
III
Caboclos já vão embora,
Pra cidade de Jurema.
O bom Jesus tá lhes chamando,
Na cidade de Jurema.
Mas eles vão ser coroados,
Na cidade de Jurema,
Com a coroa do aiê iêu,
Na cidade de Jurema. (bis)
IV
Adeus meus Caboclos, adeus !...
A sua banda lhe chama,
E eles já vão ao ló...
E eles já vão ao ló...
Deixam penas e saudade,
Vão pra Aruanda, sua macaia,
Numa gira só, é numa gira só !...(bis)