Criar uma Loja Virtual Grátis
 Associação Espírita Caminho de Luz - Araruama/RJ

Translate this Page
Caboclos

“Chegou, chegou, chegou, com Deus,

 

 

Chegou, chegou,

 

O Caboclo das Sete Encruzilhadas

 

Ovelhas abnegadas do rebanho de Maria

 

Salve o Sete Encruzilhadas salve Estrela da Guia

 

Salvai, salvai o doce nome de Maria

 

A virgem da piedade há de ser a nossa guia”

 

 

 

 

 

Okê arô! (yorubá)

 

Okê (monte); arô (título honroso dado aos caçadores) - Salve o grande Caçador!

 

okê Caboclo

 

I

 

 

 

Foi Zambi quem criou o mundo

 

Só Zambi pode governar

 

Foi Zambi quem criou

 

A estrela que ilumina

 

Oxossi lá no Jurema

 

Oke, Oke, Oke,Oke meus caboclos Oke

 

 

 

II

 

 

 

Oxalá chamou e já mandou buscar

 

os caboclos de Jurema

 

Lá no Juremá

 

Pai Oxalá é o Rei do mundo inteiro

 

Ja deu ordens pra Jurema

 

Mandar seus capangueiros

 

Mandai, mandai

 

Minha Cabocla Jurema

 

os seus guerreiros

 

essa é uma ordem suprema!

 

 

 

III

 

 

 

Jurema deu um estrondo

 

e toda a terra estremeceu

 

Onde estão os capangueiros da Jurema

 

que até agora não apareceu

 

IV

 

 

 

Quando ele vem,

 

Lá de Aruanda,

 

Mas ele vem com ordem de Oxalá!

 

Sua missão é muito grande,

 

É espalhar a caridade,

 

E aos seus filhos abençoar

 

Saravá Mamãe Oxum!

 

Saravá papai Oxalá,

 

Saravá Caboclo Arruda

 

Ele é nosso Chefe,

 

É dono desse jacutá.

 

 

 

V

 

 

 

Está iluminada a nossa banda

 

Está cheio de flor o meu conga

 

Meu Pai Arruda é tudo que faço

 

Meu Pai Arruada

 

Ilumina os caminhos por onde eu paço

 

 

 

VI

 

 

 

Caboclo bom é aquele que mais brilha

 

Oi na coroa da Virgem Maria

 

Seu Capacete brilha de noite e de dia

 

No terreiro de Umbanda

 

Sete Estrelas é nosso Guia

 

 

 

VII

 

 

 

Jurema, oh Juremê Juremá

 

É uma cabocla de pena, filha de Tupinambá

 

Rainha da pontaria nunca se viu ela errar

 

Tem a pele bronzeada, os olhos cor do luar

 

Passa correndo nas folhas não se ouviu seu pisar

 

É uma cabocla de pena.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

VIII

 

 

 

Foi numa tarde serena

 

No sertão lá da Jurema

 

Ouvi um caboclo Bradar

 

Quiô, Quiô, Quiô, Quiô quiera

 

A umbanda está em festa

 

Saravá seu Sete Flechas

 

Que ele é o Rei lá da Floresta

 

 

 

IX

 

 

 

Ouvi meu pai assobiar

 

Ele mandou chamar (bis)

 

Vem de aruanda ê, Vem de aruanda á

 

Todos os caboclos de umbanda

 

Vem de aruanda ê (bis)

 

 

 

X

 

 

 

Na mata virgem uma coral piou

 

Ele atirou a sua flecha certeira (bis)

 

Ele atirou, ele atirou, ele atirou,

 

Atira caboclo lá nas matas da Jurema (bis)

 

 

 

XI

 

 

 

Ê êeê Caboclo Sete Flexas no congá

 

Sarava seu Sete Flexas

 

Ele é o Rei das matas

 

A sua bodoque atira

 

Caboclo, a sua flecha mata.

 

 

 

 

 

XII

 

 

 

Quem vem lá sou eu

 

Quem vem lá sou eu

 

Quem vem lá sou eu

 

Boiadeiro eu sou

 

 

 

 

 

 

 

XIII

 

 

 

Naquela estrada de areia,

 

Aonde a lua clareou,

 

Todos os caboclos pararam,

 

Para ver a procissão de São Sebastião.

 

Okê, okê, caboclo!

 

Meu pai Oxossi é São Sebastião.

 

 

 

XIV

 

 

 

Vermelho é a cor do sangue do meu pai

 

e verde é a cor das matas

 

vermelho é a cor do sangue do meu pai

 

e verde é a cor das matas

 

Saravá seu Rompe Mato da Jurema

 

Saravá a mata onde ele mora

 

 

 

XV

 

 

 

No meio da mata eu vi

 

Dois nomes cravados num toco de pau

 

De um lado era seu Mata Virgem

 

Do outro seu Cobra Coral

 

No meio da Mata Virgem eu vi

 

Os dois caboclos

 

Falavam a língua Tupi-guarani

 

 

 

XVI

 

 

 

Auê cauena

 

Eu vi caboclo na mata eu vi

 

Caboclo dizendo que era Tupi,

 

Mas ele é o rei do arerê

 

 

 

XVII

 

 

 

Seu Mata virgem

 

Quando vem das matas

 

Ele traz na cinta uma cobra coral

 

Oi é uma cobra-coral

 

 

 

 

 

XVIII

 

 

 

Seu Arranca Toco é de aruanda,

 

é de nagô também

 

Quando ele chega na umbanda

 

auê, auê

 

 

 

XIX

 

 

 

Ele veio de tão longe para sarava uendá

 

Bendito louvado seja ele é o Rei do Panaiá

 

Bate atabaque lá na aldeia ieia

 

 

 

XX

 

 

 

Seu caçador na beira do caminho

 

Ah não me mate a coral na estrada

 

Ele abandonou sua chopana caçador

 

foi romper da madrugada

 

 

 

XXI

 

 

 

Caboclo, Caboclo ele é filho da guiné

 

Se seu pai é rei ele é príncipe é.

 

 

 

XXII

 

 

 

Ele é caboclo da banda de lá

 

Quando vê a cobra, corre pra matar

 

Ele atirou a sua flecha mas errou, (bis)

 

Sentou-se na areia e pôs-se a chorar

 

Mas quando vê a cobra corre prá matar (bis)

 

 

 

XXIII

 

 

 

Eu mandei fazer,

 

Três capacetes de pena

 

Um é pra Jandira,

 

Outro é pra Jupira,

 

E outro é pra Jurema

 

 

 

 

 

 

 

XXIV

 

 

 

Jurema sua mata é verde,

 

É verde como a cor do mar

 

Auê, Caçador da Jurema, (3x)

 

Juremá

 

 

 

XXV

 

 

 

Kokê kokê kokê à (bis)

 

Lá na Jurema, onde moram meus caboclos

 

Onde moram vencem demandas

 

Sucuri piou, sucuri piou

 

 

 

XXVI

 

 

 

Seu Mata Virgem

 

Sua banda está em festa

 

O céu e o mar estão cantando em seu louvor

 

Olha a cobra coral, piou, piou

 

Cobra coral está cantando em seu louvor

 

 

 

XXVII

 

 

 

Sucuri jibóia

 

Quando vem beirando o mar (bis)

 

Olha quanto boi ganhou

 

A sua cobra coral (bis)

 

 

 

XXVIII

 

 

 

Getuê getuá

 

Corda de laçar seu boi

 

Getuê getuà

 

Corda de seu boi laçar

 

Getuê getuá

 

Boiadeiro vai laçar

 

 

 

XXIX

 

 

 

Seu boiadeiro olha que linda boiada (bis)

 

Está faltando um, está faltando um,

 

P´ra completar a boiada (bis)

 

XXX

 

 

 

Ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô (bis)

 

Lá vem seu Boiadeiro

 

Tocando a sua boiada (bis)

 

 

 

XXXI

 

 

 

Jurema o seu saiote é tão lindo

 

Seu capacete de penas

 

Como brilha o seu diadema

 

Jurema ê ê, Jurema ê á,

 

Jurema filha de Tupinambá (bis)

 

Ela sempre foi e sempre será

 

Rainha da Jurema onde canta o sabiá

 

 

 

XXXII

 

 

 

Zum, zum, sou eu, venha ver quem é

 

Ele é seu Folha Verde Sua figa é de guiné

 

 

 

XXXIII

 

 

 

Sentado em baixo de um arvoredo,

 

No meio da mata virgem,

 

Uma coral piou

 

Era o Caboclo Mata Virgem

 

Que na coral se transformou

 

Foi aí que ele me disse

 

Numa linguagem guarani

 

Sou filho de luar descendente de Tupi.

 

 

 

XXXIV

 

 

 

Seu Mata virgem, lá nas matas da Jurema

 

Entrou no rio para se molhar

 

O seu saiote entrou dentro d água

 

Mas a água não quis lhe molhar

 

Eh, re re rê, Eh re re rá

 

Seu mata virgem porque será?

 

 

 

 

 

 

 

XXXV

 

 

 

Okê, okê caboclo

 

Seu Mata Virgem é da raiz da Urucá

 

Mas oh que lindo caçador

 

Naquelas matas onde a coral piou

 

 

 

XXXVI

 

 

 

Sou boiadeiro da serra

 

Eu vim buscar minha boiada (bis)

 

Na mão direita meu laço

 

Na esquerda a minha guiada

 

Não deixo meu boi fugir

 

Eu vou cantando na estrada

 

Laia laia lalauê (bis)

 

 

 

XXXVII

 

 

 

Como é bonito é

 

Assistir festa na mata

 

Ouvir o som da cascata E o canto do sabiá

 

Que noite linda Bela noite de luar

 

Foi no clarão da lua

 

Que eu vi Caboclo Arruda passar

 

A mata está em festa

 

Toda coberta de flor

 

Até os passarinhos cantam

 

Oh meu caboclo

 

eles cantam em seu louvor

 

ôooooo quanta beleza

 

ôooooo quanto esplendor

 

como é bom ter a certeza

 

que Caboclo Arruda

 

é nosso protetor (bis)

 

 

 

XXXVII

 

 

 

Um grito na mata ecoou,

 

Foi seu Folha Verde quem chegou

 

Com sua lança, com seu cocar,

 

Seu Folha Verde vem nos ajudar

 

 

 

 

 

XXXVIII

 

 

 

Galo cantou na serra, a mata estremeceu

 

Caboclo seu Pena Branca na Cachoeira apareceu

 

Ele é caboclo guerreiro que mora no rochedo

 

Somente Cobra coral Conhece dele o segredo

 

Saravá seu pena Branca, sarava seu abasé

 

Traz na o seu bodoque pra defender filhos de fé

 

ele vem de aruanda trabalhar nesse abasá

 

sarava seu pena branca o guerreiro de Oxalá

 

sua fecha vai certeira vai pegar o feiticeiro

 

que fez juras e mandingas para o filho do terreiro

 

Pega o arco atira a fecha que esse bicho é corredor

 

Mas deve ser castigado ele é merecedor

 

 

 

XXXIX

 

 

 

Eu vi na margem do rio, em linda manhã serena

 

Caboclo Seu Folha Verde, firmando ponto na areia

 

Galo cantou na serra, a mata estremeceu

 

Caboclo Seu Pena Branca, na cachoeira apareceu

 

Ele é Caboclo Guerreiro, que mora no rochedo

 

Somente Mata Virgem, conhece dele o segredo

 

 

 

XL

 

 

 

Oxossi encontrou Jurema

 

Na beira o igarapé (bis)

 

Cobriu com folhas verdes,

 

perfumou-a com guiné (bis)

 

 

 

XLI

 

 

 

Seu irmão é Flor do Dia,

 

Flor da Manhã e Pena Dourada.(bis)

 

Ele é o Orvalho da Noite,

 

Sereno da Madrugada.(bis)

 

Mundera alumeia o mundo,

 

Elena a imensidão.(bis)

 

Papa ceia vem guiando,

 

O chefe guerreiro e o índio Jaguarão

 

 

 

XLII

 

 

 

Quando eu ouvir o teu brado

 

Invadindo as matas

 

Eu saberei quem é você

 

Caboclo que nasceu na floresta

 

Hoje é teu grande dia

 

A tua mata está em festa

 

Caboclo quando tu souberes

 

Que a tua força vem das matas

 

Das folhas que recobrem toda a terra

 

Da água lá do alto das cascatas

 

O mar te brindará com suas ondas

 

O céu ficará todo estrelado

 

O vento te saúda nesta hora

 

Oi saravá caboclo iluminado

 

 

 

XLIII

 

 

 

As ondas estouravam lá na praia

 

Quando a cabocla ali chegou

 

Surgiu um arco íris (bis)

 

Tão lindo que encantou

 

A Jurema deu seu nome e bradou

 

Depois do brado ela saudou

 

Iemanjá com muito amor

 

A Jurema foi lá na praia

 

Pra fazer festa no batuque do tambor

 

Quando a Jurema vem (bis)

 

Quando a Jurema vem, Ela vem no batuque

 

Tirando as mandigas dos filhos que tem

 

Toca, toca o atabaque

 

A Jurema vai chegar

 

Ela vai firmar seu ponto

 

Com a força de Iemanjá

 

Toca, toca o atabaque, A Jurema já chegou

 

Ela trouxe do astral

 

A bondade e o amor

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

XLIV

 

 

 

Eu vi lá na mata um dia (bis)

 

Seu ventania sentado na pedra fria

 

Ele bradava, ele assobiava (bis)

 

E lá no céu uma estrela brilhava

 

 

 

XLV

 

 

 

Lembrai do Caboclo Arruda, lembrai

 

Lembrai ele é nosso pai

 

Ele é caboclo todo coberto de penas

 

Ele é cacique lá nas matas da Jurema

 

 

 

XLVI

 

 

 

A noite quando cai lá na aldeia,

 

E os caboclos começam a se reunir

 

Sob a luz da lua eles falam a zambi

 

fazendo oferendas cantando em guarani

 

Orixa xáeu Orixa Ránauê

 

 

 

XLVII

 

 

 

Que linda cabocla coberta de penas

 

Capitão das matas mandou lhe chamar (bis)

 

Lá vem a força que a Jurema tem (bis) dá

 

 

 

XLVIII

 

 

 

A mata estava escura

 

Os anjos anunciaram

 

No seio da mata virgem

 

O seu Oxossi aqui chegou

 

Mas ele é o rei, ele é o rei, ele é o rei

 

Mas ele é o rei na aruanda, ele é o rei (bis)

 

 

 

XLIX

 

 

 

Eu corri terra eu corri mar

 

Até que eu cheguei na minha congá (bis)

 

Olha viva oxoce lá nas matas

 

Que a folha da Jurema ainda não caiu (bis)

 

L

 

 

 

Quando aruanda ciar

 

Eu quero ver quem é (bis)

 

É o teimoso de aruanda

 

É o caboclo rei guiné (bis)

 

 

 

LI

 

 

 

Caboclo não tem caminho,

 

Para caminhar. (bis)

 

Caminha pôr cima da folha,

 

Pôr baixo da folha,

 

Em todo lugar.

 

Okê Caboclo!... (bis)

 

 

 

LII

 

 

 

Fui buscar no meu congá

 

Que eu deixei lá na aruanda

 

Aqui está o Caboclo Arruda

 

Pra vencer esta demanda

 

A falange do Arruda é de força é de ação

 

Da Virgem N. Senhora

 

Eles têm a proteção

 

 

 

LIII

 

 

 

Caboclo, sua mata é linda

 

É verde da cor do mar,

 

Auê, Caçador da Jurema

 

oh Jurema

 

 

 

LIV

 

 

 

Eu vi chover eu vi relampejar

 

Mas mesmo assim o céu estava azul

 

Firma seu ponto lá na folha da Jurema

 

Oxóssi é bamba no maracatu

 

 

 

 

 

 

 

 

 

LV

 

 

 

Nasci na mata

 

Da mata não tenho medo

 

Nasci na mata

 

Embaixo do arvoredo

 

Nasci na mata

 

Da mata não tenho medo

 

Nasci na mata

 

Embaixo do arvoredo

 

Seu pena Branca que nasceu na Jurema

 

Mãe Oxum apanhou e ajudou a criar

 

Mas ele é o Rei Caçador

 

Ele é filho da Cinda e da cobra coral.

 

 

 

LVI

 

 

 

Ô Calinza,

 

Nasceu na boca da mata eu sei

 

Nasceu na boca da mata eu vi

 

Caboclo que vem das matas

 

Ele é conque

 

Ele é seu sete flexas do Arerê

 

Ô Calinza,

 

 

 

LVII

 

 

 

Ai se não fosse a folha da Jurema

 

O que seria do Caboclo Juruá

 

Jurema, Jurema, Jurema

 

É a Jurema do Caboclo Juruá

 

 

 

LVIII

 

 

 

Se o seu saiote é carijó,

 

e a sua fecha é de indaiá,

 

os caboclos vem serenos, como sereno é

 

Oxóssi é rei da macaia,

 

Oxóssi é Rei da guiné

 

Ele atirou

 

Ele atirou e ninguém viu

 

Seu Pena Branca é quem sabe

 

Aonde a flecha caiu

 

 

 

LVIX

 

 

 

Os rios da Oxum são muito largos,

 

Lagoas da Iara matam a sede. (bis)

 

Saravá este Terreiro de Umbanda, saravá,

 

Saravá meu bom caboclo Folha Verde.(bis)

 

 

 

LX

 

 

 

Temporal passou na mata,

 

Meu Deus, mas que ventania. (bis)

 

Era o Caboclo Folha Verde,

 

Que bradava ao romper do dia. (bis)

 

 

 

LXI

 

 

 

Ele veio da sua mata,

 

Veio saravá o congá.

 

Sua suna é Pena Verde,

 

Aqui e em qualquer lugar.

 

 

 

LXII

 

 

 

Caboclo Roxo da pele morena

 

É Seu Oxossi Caçador, caçador da Jurema

 

Ele jurou e torna a jurar

 

Pelos conselhos que a Jurema

 

Vem nos dar

 

 

 

LXIII

 

 

 

Ê Juremê, Ê Jurema

 

Sua flecha caiu serena, ô Jurema

 

Dentro desse congá

 

Salve São Jorge Guerreiro,

 

Salve São Sebastião

 

Salve todos os caboclos

 

Com a sua proteção

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

LXIX

 

 

 

Quem manda na mata é Oxossi

 

Oxossi é caçador (bis)

 

Ouvi meu Pai assobiar

 

Ele mandou chamar

 

É na Aruanda ê

 

Seu Pena Branca de Umbanda

 

É na Aruanda ê

 

 

 

LXX

 

 

 

Caiu uma folha na Jurema

 

Veio o sereno e molhou

 

E depois veio o sol

 

Enxugou, enxugou

 

E as matas se abriram

 

Toda em flor

 

 

 

LXXI

 

 

 

Estrela, matutina

 

Clareia o mundo, sem parar

 

Estrela que guiou os três reis magos

 

Mostrando para o mundo o salvador

 

Iluminai também nosso terreiro iluminai

 

Com fé esperança e amor

 

 

 

LXXII

 

 

 

Com seis dias de nascido

 

Minha mãe me abandonou (bis)

 

Me deixou na mata virgem

 

Seu Mata Virgem me criou

 

Seu Mata Virgem é o rei

 

Que lá nas matas mora (bis)

 

Vem aqui ver seus filhos

 

Que tanto te adora (bis)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

LXXIII

 

 

 

Na mata virgem

 

Uma coral piou,

 

Ele atirou a sua fecha certeira

 

Ele atirou ele atirou ele atirou

 

Atira caboclo lá na mata da Jurema

 

 

 

LXXIV

 

 

 

Quem vem lá sou eu (bis)

 

Boiadeiro eu sou

 

 

 

LXXV

 

 

 

Naquela estrada de areia Aonde a lua clareou

 

Todos os Caboclos param

 

Para ver a procissão De São Sebastião

 

Oke, Oke, Oke, Caboclo

 

Meu pai Oxossi é São Sebastião

 

 

 

LXXVI

 

 

 

Vestimenta de Caboclo é samambaia,

 

É samambaia, é samambaia (bis)

 

Olha Caboclo não se atrapalha

 

Saia do meio da samambaia (bis)

 

 

 

LXXVII

 

 

 

Dentro da mata virgem

 

Uma linda cabocla eu vi

 

Com seu saiote Feito de penas

 

É a Jurema filha de Tupi

 

Com seu saiote Feito de penas

 

É a Jurema filha de Tupi

 

Jurema. Jurema, Jurema

 

Linda cabocla, filha de Tupi

 

Ela vem, lá da Juremá

 

Vem firmar seu ponto

 

Nesse congar

 

 

 

 

 

LXXVIII

 

 

 

Jurema deu um estrondo

 

que toda a terra estremeceu

 

por onde anda os companheiros da Jurema

 

que até hoje não apareceu

 

Jurema

 

ô juremê juremá

 

é uma cabocla de pena

 

filha de tupinambá

 

rainha das águas e areias

 

nunca atirou pra errar

 

é uma cabocla de pena

 

 

 

LXXIX

 

 

 

Ele atirou e ninguém viu

 

Só seu Mata Virgem é que sabe

 

A onde a flecha caiu

 

 

 

LXXX

 

 

 

Assobiou, assobiou, assobiou

 

Firma cabeça que Oxossi vem aí

 

Assobiou, assobiou, assobiou

 

Firma cabeça que Oxossi vem aí

 

 

 

LXXXI

 

 

 

Oxalá chamou!

 

Oxalá chamou e já mandou buscar

 

Os caboclos da Jurema

 

Pro seu Juremá

 

Pai Oxalá

 

É o rei do mundo inteiro

 

Já deu ordens pra Jurema

 

Chamar seus capangueiros

 

Mandai, Mandai

 

Minha cabocla Jurema

 

Os seus guerreiros

 

Essa é a ordem suprema!

 

 

 

 

 

LXXXII

 

 

 

Tava na beira do rio

 

Sem poder atravessar

 

eu chamei pelos caboclos

 

Caboclo Tupinambá

 

eu chamei pelos caboclos

 

Caboclo Tupinambá

 

Tupinambá chamei

 

Chamei tornei chamar eaahhh

 

Tupinambá chamei

 

Chamei tornei chamar eaahhh

 

 

 

LXXXIII

 

 

 

São três folhas

 

São três folhas que ele traz

 

São três folhas

 

Caridade, Amor e Paz

 

 

 

LXXXIV

 

 

 

Saravá seu Pena Branca

 

Saravá seu apache

 

Pega flecha e seu bodoque

 

Pra defender filhos de fé

 

Ele vem de Aruanda

 

Trabalhar neste cassuá

 

Saravá Seu Pena Branca

 

No terreiro de Oxalá

 

Sua flecha vai certeira

 

Vai pegar no feiticeiro

 

Que fez juras e mandingas

 

Para o filho do terreiro

 

Pega o arco, atira a flecha

 

Que esse bicho é caçador

 

Além de ser castigo

 

Ele é merecedor

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

LXXXV

 

 

 

Tupinambá é canga na batalha

 

Tupinambá ee Tupinambá

 

Tupinambá guerreiro de Oxóssi

 

Tupinambá ee Tupinambá

 

Tupinambá vem defender seus filhos

 

Tupinambá ee Tupinambá

 

Só não apanha Folha da Jurema

 

Sem ordem suprema Do Pai Oxalá

 

Só não apanha Folha da Jurema

 

Sem ordem suprema Do Pai Oxalá

 

Eu vi na margem do rio,

 

Em linda manhã serena,

 

Caboclo Seu Pena Verde

 

Firmando ponto na areia

 

 

 

LXXXVI

 

 

 

Alojá) Seu boiadeiro por aqui choveu

 

Choveu, choveu Relampejou

 

Foi nessa água que seu boi nadou

 

 

 

 

 

LXXXVII

 

 

 

Oi Salve o sol, Salve a Estrela Guia

 

Saravá seu ventania, umbanda vamos saudar

 

Oi salve a folha da macaia na Jurema

 

Salve cabocla de pena filha de Tupinambá

 

A lua brilha iluminando o mundo inteiro

 

Clarindo o terreiro para caboclo passar

 

Quiô, Quiô, Okê, O quiô quiá

 

Salve a folha da macaia Umbanda vamos saudar!

 

Firmou seu ponto na raiz da Orucaia

 

Jurema e Cabocla Iara, Vieram pra confirmar

 

Bendito seja o nome deste caboclo

 

Saravá arranca toco saravá Pai Oxalá

 

Caboclo Arruda que chegou neste terreiro

 

Junto com João Mineiro Umbanda vamos Saudar

 

Seus filhos vibram com o brado do caboclo

 

Saravá Arranca Toco, Arruda e Tupinambá

 

 

 

LXXXVIII

 

 

 

Seu Pena Banca que mata é a sua

 

Onde pia a cobra, canta o sabiá

 

E clareia a Lua

 

 

 

LXXIX

 

 

 

Quando meu tambor rufar eu sinto a presença de Tupinambá

 

Deixa a folha cair, Veja uma estrela brilhar

 

A macaia está em fasta, pra ver Tupinambá chegar

 

Ela é caboclo ele vem caçar, ele é guerreiro

 

Ele é Tupinambá

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

PONTOS DE BOIADEIRO

 

Getuê, Getuá! Marrubaxêtro

 

 

 

I

 

 

 

(Cabula) Getuê getuá Corda de laçar seu boi

 

Getuê getuà Corda de seu boi laçar

 

Getuê getuá Boiadeiro é laçador

 

Getuê getuá Boiadeiro vai chegar

 

 

 

II

 

 

 

Ele é caboclo ele é Flecheiro

 

Bumba na calunga

 

É caçador de feiticeiro

 

Bumba na calunga

 

ele vai firma seu ponto

 

Bumba na calunga

 

Oi firma aqui e lá na Angola

 

Bumba na calunga

 

 

 

III

 

 

 

(Cabula) Sou boiadeiro da serra

 

Eu vim buscar minha boiada (bis)

 

Na mão direita meu laço

 

Na esquerda minha guiada

 

Não deixo meu boi fugir

 

Eu vou cantando na estrada

 

Laia laia lalauê (bis)

 

 

 

IV

 

 

 

(Cabula) Seu boiadeiro olha que linda boiada (bis)

 

Está faltando um, está faltando um,

 

P´ra completar a boiada (bis)

 

Ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô (bis)

 

Lá vem seu boiadeiro

 

Tocando a sua boiada (bis)

 

 

 

 

 

V

 

 

 

(Congo) De manhã cedo na capela bate o sino

 

Seu boiadeiro veio aqui para rezar

 

Trabalhador não tem noite, não tem hora

 

Galo cantou tá pronto pra trabalhar

 

VI

 

 

 

(Barravento) Chetruê, Chetruá

 

Minha corda é de laçar

 

Chetruê, Chetruá

 

Meu boi fugiu mandei buscar

 

 

 

V

 

 

 

(Cabula) Cadê minha corda de laçar meu boi

 

O meu boi fugiu eu não sei pra onde foi

 

 

 

VI

 

 

 

(Cabula) Vem, boiadeiro vem, gira seu laço na mão,

 

Seu boiadeiro toca boi, toca boiada,

 

De dia de madrugada ele é o rei lá do sertão,

 

Chapéu de couro, ele toca seu berrante,

 

Ele faz sua zuada nas bandas do Chapadão, seu boiadeiro

 

 

 

VII

 

 

 

(congo) Na instância de boiadeiro,

 

Eu bebi água de gravatá. (bis)

 

Eu bebi água de gravatá,

 

Seu boiadeiro,

 

Eu bebi água de gravatá. (bis)

 

 

 

VIII

 

 

 

(Congo) Bandeira Branca trago do Pai Forte,

 

Trago no peito uma Estrela brilhante,

 

Deus lhe salve tua Casa Santa.

 

E salve tua espada de guerreiro

 

Estrela D’Alva quem guiou meus passos,

 

Foi quem me trouxe neste terreiro,

 

 

 

IX

 

 

 

(Congo) Atravessei o mar o mar à nado

 

Por cima de dois barris eu vinha ver a Juremeira

 

E os caboclos do Brasil

 

X

 

 

 

(Cabula) Era um boiadeiro Navizala, Chetruê.

 

 

 

XI

 

 

 

Eu vim de Minas trazendo minha boiada,

 

Na beira da estrada eu parei pra descansar,

 

Boiadeiro, ê, boiadeiro há

 

Boiada boa como a de Minas não há.

 

 

 

XII

 

 

 

Ele é carreiro da Estação da Leopoldina,

 

Vinha carreando boi lá pro estado de Minas

 

 

 

XIII

 

 

 

A minha boiada é de trinta e um

 

Vieram trinta

 

Está faltando um

 

Pra completar a boiada

 

 

 

XIV

 

 

 

Quem samba fica quem não samba vai embora

 

Eu vou chamar seu boiadeiro que vai começar o samba agora...

 

 

 

XV

 

 

 

Boiadeiro joga o laço pra laçar seu Boi Tatá,

 

Se o cavalo é puro-sangue, o cavaleiro nem se fala...

 

Chetruê, chetruá

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

XVI

 

 

 

(Alojá) Abalei minha roseira,

 

Para tirar do caminho.

 

Na aldeia de boiadeiro,

 

Não se pisa em espinho.

 

Na aldeia de boiadeiro,

 

Não se pisa em espinho.

 

 

 

XVII

 

 

 

(Alojá) Eu tenho meu chapéu de couro

 

Eu tenho a minha guiada

 

Eu tenho o meu lenço vermelho para tocar a minha vaquejada

 

 

 

 

 

XVIII

 

 

 

(Cabula) A menina do sobrado

 

Mandou me chamar

 

Pra ser criado

 

Eu mandei dizer a ela

 

Que to vaquejando seu gado

 

Auê boiadeiro

 

Ele gosta do samba rasgado

 

 

 

XIX

 

 

 

(Congo) Folha por folha,

 

Na mangueira tem.

 

Folha por folha,

 

Na mangueira tem.

 

Minha guiada êee

 

Minha guiada êea

 

 

 

XX

 

 

 

Oh no caminho boiadeiro toca o sino

 

Ele é menino mas já sabe trabalhar

 

Seu moço toque a guiada

 

Seu boiadeiro Bom Jesus do Mariá

 

 

 

 

 

XXI

 

 

 

(Barravento) Ele veio pelo rio de contas

 

Vem caminhando por aquela rua!

 

Olha que beleza

 

seu boiadeiro no clarão da lua!

 

 

 

XXII

 

 

 

(Congo de ouro) Cadê seu Boiadeiro aonde ele tá,

 

Ele tá fechando o corpo

 

Para trabalhar

 

Tange muito gado, cura muita gente

 

Ele é João Mineiro que cabra valente.

 

 

 

 

 

SUBIDA DE BOIADEIRO

 

I

 

 

 

Oh Deus lhe pague Babá,

 

Oh Deus lhe pague, Oh Deus lhe pague,

 

Pela hospitalidade. (bis)

 

Oh Deus lhe pague Cambono,

 

Oh Deus lhe pague, Oh Deus lhe pague,

 

Pela hospitalidade. (bis)

 

Oh Deus lhe pague Ogã,

 

Oh Deus lhe pague, Oh Deus lhe pague,

 

Pela hospitalidade. (bis)

 

Oh Deus lhe pague Casa Santa,

 

Oh Deus lhe pague, Oh Deus lhe pague,

 

Pela hospitalidade. (bis)

 

 

 

II

 

 

 

É com o laço de couro fino

 

Capote de pele quente

 

Seu boiadeiro já tá saindo

 

Sua boiada partiu na frente

 

 

 

 

 

 

 

III

 

 

 

Mais um adeus aleluia adeus

 

Vou pra Jurema quem vai embora sou eu

 

Mais um adeus aleluia adeus

 

Vou pra Jurema quem vai embora sou eu

 

Eu já vou, já vou eu já vou pra lá

 

Oxalá me chama eu já vou me retirar.

 

 

 

IV

 

 

 

Sinhazinha já me vou

 

Galo cantou na serra

 

Salvei iô iô salvei sinhá

 

Parti de estrada fora

 

Peço a ogum pra me ajudar

 

 

 

V

 

 

 

Água no pé da gruta

 

Na gruta da santa cruz

 

Seu boiadeiro é hora, é hora

 

Sua guiada é de Jesus

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

SUBIDA DE CABOCLO

 

I

 

 

 

A sua terra é longe

 

E eles vão embora

 

E vão beirando o rio azul

 

Adeus a Umbanda que os caboclos

 

Vão embora

 

E vão beirando

 

O rio azul

 

 

 

II

 

 

 

Caboclo apanha a sua flecha,

 

Apanha o seu bodoque,

 

O galo já cantou. (bis)

 

O galo já cantou lá na Aruanda,

 

Oxalá lhe chama,

 

Para a sua banda. (bis)

 

 

 

 

 

III

 

 

 

Caboclos já vão embora,

 

Pra cidade de Jurema.

 

O bom Jesus tá lhes chamando,

 

Na cidade de Jurema.

 

Mas eles vão ser coroados,

 

Na cidade de Jurema,

 

Com a coroa do aiê iêu,

 

Na cidade de Jurema. (bis)

 

 

 

IV

 

 

 

Adeus meus Caboclos, adeus !...

 

A sua banda lhe chama,

 

E eles já vão ao ló...

 

E eles já vão ao ló...

 

Deixam penas e saudade,

 

Vão pra Aruanda, sua macaia,

 

Numa gira só, é numa gira só !...(bis)

Criar uma Loja online Grátis  -  Criar um Site Grátis Fantástico  -  Criar uma Loja Virtual Grátis  -  Criar um Site Grátis Profissional