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 Associação Espírita Caminho de Luz - Araruama/RJ

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Pretos Velhos

I

 

 

 

 

Dá licença Pai Antônio Que eu não vim lhe visitar

 

Eu estou muito doente Vim pra você me curar

 

Se a doença for feitiço Bulalá em seu congá

 

Se a doença For de Deus ai

 

Pai Antônio vai curar

 

Coitado de Pai Antônio

 

Preto Velho curador

 

Foi parar na detenção ai

 

Por não ter um defensor Pai Antônio é quimbanda, é curandor

 

Pai Antônio é quimbanda, é curandor É pai de mesa, é curandor

 

É pai de mesa, é curandor

 

 

 

II

 

 

 

Bate tambor na Umbanda

 

Pra ver meu velho chegar

 

Ele é Pai Cipriano, ele é pai Cipriano

 

Mensageiro de Oxalá.

 

 

 

III

 

 

 

Cipriano quimbandeiro, chorou no cativeiro

 

Hoje chora de alegria seu rosario de Maria

 

Chora, chora, saravando Angola (bis)

 

 

 

IV

 

 

 

Ele é Pai Cipriano, ele é Pai Cipriano

 

É um velho mandingueiro

 

Não tem medo de macumba,

 

não tem medo de quiumba

 

É um velho feiticeiro

 

Com a sua pemba na mão ela desafia

 

Com seu cachimbo na boca ele assobia

 

 

 

 

 

 

 

 

 

V

 

 

 

Feitiço, mandinga, quebranto só ele sabe rezar

 

Sua bengala e seu cachimbo servem para trabalhar

 

Pai Cipriano das almas é um velho mandingueiro

 

Quando chega na Umbanda

 

Encruza todo o terreiro,

 

Ele é velho rezador com seu patuá de valia

 

Por Deus e Nossa Senhora, nos tira da agonia (bis)

 

 

 

VI

 

 

 

No cantinho de Pai Cipriano o caminho é da paz (bis)

 

Arrasto o toco, pega o toco e bota lá

 

Saravá Pai Cipriano que chegou nesse conga (bis)

 

Ele vai firmar, meu pai, ele vai firmar

 

Os quatro cantos desta casa

 

Com Ogum para guardar (bis)

 

 

 

VII

 

 

 

Segura com fé na mão de Cipriano

 

Pra colher flores ou espinhos retirar,

 

Ele nos traz a luz divina de Aruanda

 

O brilho da estrela guia a benção de Oxalá

 

Se o caminho é de paz, Cipriano é amor

 

Segura com fé na mão do meu vovô

 

 

 

VIII

 

 

 

Todo dia era dia de choro e de muita dor

 

Mesmo assim uma escrava chegava de bom humor

 

Quem chorava passava a sorrir

 

Quem caia ficava de pé

 

Ela era a esperança o amor e a fé

 

Na passagem de um mundo pro outro seu povo sentiu

 

E aquela doçura e alegria não mais existiu

 

Ela disse que ia voltar precisando pode lhe chamar

 

Pra Aruanda o tambor pode tocar

 

Conga, Vó Maria Conga

 

Que saudades de você

 

Preta velha feiticeira rainha do Cateretê

 

 

 

IX

 

 

 

Ela é vovó Anna, ela é do cruzeiro (bis)

 

Ela vem sarava, ela vem curiar nesse terreiro (bis)

 

Ela é de Nanã, é de Boruquê (bis)

 

Ela vem sarava, ela vem curiar pra ajudar você (bis)

 

 

 

X

 

 

 

Vovó Anna vem da praia no barquinho de Iemanjá

 

Ela vem firmar seu ponto pela fé de Oxalá

 

Oi tem areia oi, oi tem areia

 

na barra de sua saia tem areia. (bis)

 

 

 

XI

 

 

 

O senhor do Bonfim mandou, preto velho na banda

 

Ele vem da Bahia com seu rosário e seu patuá,

 

Ele vem trabalhar pra você (bis)

 

Pai Mané na banda agora é que eu quero ver.

 

 

 

XII

 

 

 

Arriou na linha das almas

 

É Cambinda de fé oi babá (bis)

 

Velha feiticeira lá da Guiné,

 

Vem de muito longe pra curar filhos de fé. (bis)

 

 

 

XIII

 

 

 

Com sua balança que pesa

 

O bem o e mal que o filho faz (bis)

 

Ele é Pai Miguel, ele é Pai Miguel

 

Ele é Pai Miguel das Almas (bis)

 

Balança, como pesa a balança,

 

Balança como vai pesar (bis)

 

Com o amor de Xangô e a justiça na mão

 

Pai Miguel vem na umbanda salvar.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

XIV

 

 

 

Maria Conga, com suas folhas de guiné

 

Seu galhinho de arruda, o seu vence demandas,

 

Deixa o manacá em flor (bis)

 

Vem lá das matas, trabalhar com muito amor

 

Nesta Umbanda querida vem prestar a caridade

 

Para a Glória do Senhor (bis)

 

 

 

XV

 

 

 

Liberdade ainda que tardia

 

assim rezava na senzala Tia Maria (bis)

 

Salve o triângulo divino salve o seu ponto riscado

 

Saravá Minas Gerais

 

Tia Maria de Minas chorando em oração

 

pedia a Zambi o fim da escravidão

 

 

 

XVI

 

 

 

Chorar, chorar chorei

 

Cantar, cantar, cantei (bis)

 

Pai Joaquim senta no toco

 

filho de pemba não bambeia

 

procurei nos quatro cantos só pra ver se tem areia (bis)

 

 

 

XVII

 

 

 

Pai Mané, é de Angola é (4x)

 

Ele vem de longe caminhando de mansinho

 

Pra ajudar seus filhos que procuram seu carinho (bis)

 

 

 

XVIII

 

 

 

Vem das costas da Africa,

 

Pai Benguela vem trabalhar,

 

Vem das costas da Africa

 

No barquinho de Iemanjá (bis)

 

Vem firmar seu ponto na areia de Oxalá

 

Para sarava os seus filhos no conga (bis)

 

 

 

 

 

 

 

XIX

 

 

 

Vem, vem, vem, quem vem no redemoinho (bis)

 

É vovó Joana que vem pitando seu cachimbo (bis)

 

Vem defumar os filinhos atendendo a Iemanjá

 

Tirando toda mandinga, levando pro fundo do mar (bis)

 

 

 

XX

 

 

 

Eu vi velho do rio sentado na pedra fria,

 

com o seu rosário rezando Ave Maria (bis)

 

Que susto eu tive, quando avistei

 

Aquele velho sábio me apaixonei (bis)

 

 

 

XXI

 

 

 

Meu Pai Fabricio, na Umbanda é curador

 

Vem pro terreiro abençoar nosso conga

 

Oi viva as almas viva a Deus viva a meu Pai,

 

Quem caminha com esse velho só balança mas não cai (bis)

 

 

 

XXII

 

 

 

Meu Santo Antônio pequenino

 

Olha esse mundo como está

 

Quem me abraçava antigamente

 

Hoje quer me apunhalar

 

Olha seu cordão preto,

 

Meu Santo Antônio

 

Eu também sou filho seu

 

Afastai meus inimigos,

 

Meu Santo Antônio

 

Pelo santo amor de Deus

 

 

 

XXIII

 

 

 

Ah! Vovó das almas, não me deixe andar sozinho

 

Toma conta dos inimigos, abre os meus caminhos

 

Se eu sou filho de Omulú, meu Pai, Meu Pai é Santo

 

Santo do Meu Axé, Santo do meu encanto

 

 

 

 

 

 

 

XXIV

 

 

 

Cambina mamanhê, Cambina Mamãenhã

 

Oi segura a Cambina que eu quero ver

 

Filhos de Umbanda não tem querer

 

 

 

XXV

 

 

 

Vovó Cambinda tem sua guia,

 

Trabalha de noite e reza de dia.

 

Vovó Cambinda quer encruzá,

 

Ponto de pemba no meu “congá”

 

 

 

XXVI

 

 

 

Agô pro Povo d’Angola,

 

Agô pro Povo de Mina,

 

Saravá as Santas Almas,

 

Agô pra Vovó Cambinda. (bis)

 

 

 

XXVII

 

 

 

Preta Velha que vem d’Aruanda,

 

Saravando atabaque e congá. (bis)

 

Oi Saravando seus filhos,

 

Na fé do Pai Oxalá. (bis)

 

 

 

XXVII

 

 

 

Eu adorei as almas, eu adorei

 

Eu adorei as almas

 

Eu adorei as almas, no dia de hoje

 

Eu adorei as almas

 

Almas, de PAI MANÉ, eu adorei

 

Almas, de MARIA CONGA, eu adorei

 

Eu adorei as almas, eu adorei

 

Eu adorei as almas

 

Eu adorei as almas, no dia de hoje

 

Eu adorei as almas

 

Almas, de VOVÓ CAMBINDA, eu adorei

 

Almas, de VÓ GUILHERMINA, eu adorei

 

Eu adorei as almas, no dia de hoje

 

Eu adorei as almas

 

XXVIII

 

 

 

Saudai essa estrela de Jesus

 

Ela guiou e aos seus filhos deu a mão

 

No terreiro de umbanda ela é a luz

 

Ela curou com sua vibração

 

A sua força vem lá do cruzeiro

 

A simplicidade é o que me fascina

 

A lágrima representa o cativeiro

 

Anjo de Deus, salve a velha Catarina (bis)

 

 

 

XXIX

 

 

 

Oi daí-lhes forças Jesus de Nazaré

 

Oi daí-lhes forças para vir trabalhar (bis)

 

Mas dizem que a umbanda tem mironga

 

Se tem mironga Catarina tem congá

 

 

 

XXX

 

 

 

Ela traz a sua rosa branca

 

E também traz a cruz de oxalá

 

Ela traz a sua rosa branca

 

E também traz a cruz de oxalá

 

Salve a velha catarina, salve a velha catarina

 

Que chegou neste congá

 

Salve a velha Catarina, salve a velha Catarina

 

Que chegou p´ra trabalhar

 

 

 

XXXI

 

 

 

Bahia ô áfrica

 

Vem cá, vem nos ajudar (bis)

 

Força baiana, força africana,

 

Força divina, vem cá, vem cá

 

 

 

XXXII

 

 

 

Na Bahia sim, oi que tem orobi

 

Oi que tem orobô, ô ô ô (bis)

 

Oi que tem orobi, oi que tem orobô

 

Pimenta da costa macumba iô iô (bis)

 

 

 

XXXIII

 

 

 

Lá vem vovó

 

Descendo a serra com sua sacola

 

É com seu patuá

 

É com seu rosário

 

Ela vem de angola

 

Eu quero ver vovó

 

Eu quero ver

 

Eu quero ver

 

Se filho de pemba tem querer (bis)

 

 

 

XXXIV

 

 

 

Pai Joaquim ê ê, Pai Joaquim ê á

 

Pai Joaquim veio de angola

 

Pai Joaquim vem de angola, angolá

 

 

 

XXXV

 

 

 

Arriou na linha de congo

 

É congo, é congo aruê

 

Quem trabalha na linha de congo

 

Agora que eu quero ver

 

 

 

XXXVI

 

 

 

Eu vi num terreiro de umbanda

 

Um velho a trabalhar

 

Ele trabalha com a pemba

 

Mas quem manda na pemba é oxalá

 

 

 

XXXVII

 

 

 

Os quindins, os quindins,

 

Os quindins, ô mujongo

 

Olha lá no mar

 

Olha lá no mar, ô mujongo

 

Olha mujomgo no mar

 

Sua terra é muito longe, ô mujongo

 

Ninguém pode ir lá

 

Ninguém pode ir lá, ô mujongo

 

Olha mujongo no mar

 

XXXIX

 

 

 

Vovô não quer

 

Casca de coco no terreiro (bis)

 

P´ra não lembrar do tempo do cativeiro (bis)

 

 

 

XL

 

 

 

Vovó tem sete saias

 

Na última saia tem mironga

 

Vovó vem da bahia

 

P´ra salvar filho de umbanda

 

Com seu patuá e figa de guiné

 

Vovó vem da bahia

 

P´ra salvar filho de fé

 

 

 

XLI

 

 

 

Eu vi a mata estalando

 

Meu filho vá ver quem é

 

É a falange do congo

 

Que vem queimando guiné,

 

 

 

XLII

 

 

 

Cadê a sua pemba

 

Cadê a sua guia

 

Sua terra é muito longe

 

Seu congá é na bahia (bis)

 

 

 

XLIII

 

 

 

Que baiana é aquela

 

Que vende na feira acarajé

 

E no seu balaio

 

Ela traz arruda ela traz guiné

 

Ela traz guiné é è

 

Ela traz guiné é é

 

Maria conga vem salvar filhos de fé

 

 

 

 

 

 

 

 

 

XLIV

 

 

 

Tia Maria Tia Mariana

 

Amarra a saia com a palha da cana

 

Se a palha da cana arrebenta

 

Preta velha você não se engana

 

Quê querê quê quê

 

Preta velha é de bom parecer

 

 

 

XLV

 

 

 

Filho se você precisar

 

É só pensar na vovó

 

Que ela vem te ajudar (bis)

 

É numa estrada longa, meu filho

 

Que você vai andar

 

Numa casinha branca, meu filho

 

A vovó está lá

 

Sentada num banquinho oco, meu filho

 

Com rosário na mão

 

Pensa na vovó Maria Redonda fazendo oração

 

 

 

XLVI

 

 

 

Eu já plantei café de meia

 

Eu já plantei canavial

 

Café de meia não dá lucro, sinhá dona

 

Canavial cachaça dá (bis)

 

 

 

XLVII

 

 

 

Amarra o touro cambinda

 

Na porteira do mourão

 

O touro é bravo, cambinda

 

Amarra no portão

 

 

 

XLVIII

 

 

 

Maria Conga!

 

O que é que você quer? (bis)

 

Quero pemba, quero guia,

 

Quero folha de guiné. (bis)

 

 

 

XLIX

 

 

 

Se não fosse as minhas almas

 

Meu cruzeiro se queimava (bis)

 

Ai ai ai meu cruzeiro se queimava (bis)

 

Se não fosse Pai Mané,

 

Meu cruzeiro se queimava

 

Se não fosse Maria Conga,

 

Meu cruzeiro se queimava

 

Se não fosse Guilhermina,

 

Meu cruzeiro se queimava

 

Se não fosse Vó Catarina,

 

Meu cruzeiro se queimava

 

Se não fosse Vovó Cambinda,

 

Meu cruzeiro se queimava

 

Ai ai ai meu cruzeiro se queimava (bis)

 

 

 

L

 

 

 

Um galhinho de arruda

 

A vovó me deu

 

Um galhinho de arruda

 

Pra me proteger

 

Eu agradeço a essa linda Preta Velha

 

Um galhinho de arruda

 

Ela me ofereceu

 

Eu agradeço a essa linda Preta Velha

 

Pois em suas orações

 

Ela nunca me esqueceu

 

 

 

LI

 

 

 

A fumaça do cachimbo da vovó

 

Sobe bem alto

 

Só não ver quem não quer

 

O cachimbo da vovó tem mironga

 

Na barra da saia, Na sola do pé

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

LII

 

 

 

Pisei na pemba

 

A pemba balanceou

 

O mundo estava torto

 

Santo Antônio endireitou

 

 

 

LIII

 

 

 

Meu Santo Antônio pequenino

 

Corre Umbanda devagar

 

Meu Santo Antônio pequenino

 

Corre Umbanda sem parar

 

 

 

LIV

 

 

 

Na Bahia tem, que tem orobi

 

Que tem orobô

 

Que tem orobi, que tem orobô

 

Pimenta da Costa

 

Macumba ioiô

 

 

 

LV

 

 

 

O Santo é que está de ronda

 

O meu Santo Antônio Aruandá

 

Na Aruandê,na Aruandê, na Aruandá

 

Santo Antônio na linha de Umbanda

 

É Ogum,

 

É o meu protetor

 

Santo Antônio é quem é meu padrinho

 

Neste mundo de Nosso Senhor

 

 

 

LVI

 

 

 

Meu Pai Antonio pequenininho,

 

mas não me deixa andar sozinho (bis)

 

Arreia Pai Antonio Clareia Meus caminhos (bis)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

LVII

 

 

 

Meu cachimbo está no toco

 

Manda moleque buscar (bis)

 

No alto da derrubada

 

Meu cachimbo ficou lá (bis)

 

Que arruda tão bonita

 

Que Vovó mandou arrancar (bis)

 

Mas não chore meu netinho

 

Que Vovó manda plantar (bis)

 

 

 

LVIII

 

 

 

Guilhermina cadê Catarina?

 

Foi lá no mato apanhar guiné

 

Diga a ela quando vier

 

Que suba as escadas

 

E não bata o pé

 

 

 

LIX

 

 

 

Nessa casa tem quatro cantos

 

Cada canto tem um santo

 

Pai e filho, Espirito Santo

 

Nessa casa tem quatro cantos

 

Zum zum zum

 

 

 

LX

 

 

 

Olha só Jesus quem é

 

Eu rezo para santas almas

 

Inimigo cai e eu fico de pé

 

 

 

LXI

 

 

 

O preto por ser preto

 

Não merece ingratidão

 

O preto fica branco

 

Na outra encarnação

 

No tempo da escravidão

 

Como o senhor me batia

 

Eu chamava por Nossa Senhora, Meu Deus!

 

Como as pancadas doíam

 

 

 

LXII

 

 

 

Cambina mamanhê

 

Cambina mamãenhã

 

Oi segura a Campina que eu quero ver

 

Filhos de Umbanda não tem querer

 

 

 

LXIII

 

 

 

O Povo de Cambina

 

oi quando vem pra trabalhar

 

Todo o povo vem por terra

 

Cambinda vem pelo mar

 

Todo o povo vem por terra

 

Cambina vem pelo mar

 

 

 

LXIV

 

 

 

Rei Congo, Rei Congo

 

Cadê preto-velho?

 

Foi trabalhar na linha de Congo

 

É Congo, é Congo, é Congo

 

é de Congo, é de Congo aruêe

 

É Congo, é Congo, é Congo

 

Agora que eu quero ver...

 

 

 

LXV

 

 

 

Tira o cipó do caminho, oi criança

 

Deixa a vovó atravessar

 

Eles vem chegando

 

São os preto velhos que vem trabalhar (bis)

 

 

 

LXVI

 

 

 

Preto velho senta no toco

 

Faz o sinal da cruz

 

Pede proteção a Zambi

 

Para os filhos de Jesus

 

Cada conta do seu rosário

 

É um filho que ali está

 

Se não fosse os pretos velhos não sabia caminhar

 

 

 

LXVII

 

 

 

Preto velho nunca foi a cidade, oh cidade.

 

Fala na língua de zambi, oh cidade!

 

Preto velho nunca foi a cidade, oh cidade,

 

Fala na língua de zambi, oh cidade!

 

 

 

LXVIII

 

 

 

Pai Mané escreveu uma carta

 

Pra Vovó Cambinda ler

 

Não tinha papel nem tinta como é que ia fazer

 

Escreveu na areia (bis)

 

Ela é Cambinda firma ponto e não bambeia (bis)

 

 

 

LXIX

 

 

 

Vó Cambinda, cadê Pai José

 

Está lá na roça colhendo café

 

Diz a ele que quando vier

 

Que suba a escada, não bata com pé

 

 

 

LXX

 

 

 

Olhei pro céu vi uma estrela brilhando

 

Lá na pedreira eu vi pedra rolar

 

E os caboclos brincavam lá na aldeia

 

Uma sereia eu ouvi cantar no mar (bis)

 

E no seu canto ela me dizia

 

Que só queria ter asas para voar

 

Pra ir ao céu buscar a estrela que brilha

 

Maria conga enfeita nosso conga (bis)

 

 

 

LXXI

 

 

 

Ele é pai de cabeça,

 

É o chefe do nosso conga

 

O vento que balança as águas na Bahia

 

Deixa seu Pedro Baiano passar

 

 

 

 

 

 

 

 

 

LXXII

 

 

 

Que fumaça cheirosa vovó

 

Sai do seu cachimbo

 

Não sei se é arruda, vovó, ou manjericão

 

Só sei que essa fumaça vovó

 

Faz bem pro meu coração

 

 

 

LXXIII

 

 

 

Eu andava perambulando

 

Sem ter nada pra comer

 

Eu pedi às Santas Almas para vir me socorrer

 

Foi as almas quem me ajudou, foi as almas que me ajudou

 

Meu divino Espírito Santo, viva a Deus, nosso Senhor.

 

 

 

LXXIV

 

 

 

Pam, Pam, Pam

 

Bateram na porta do céu

 

Pam, Pam, Pam

 

São Pedro abril pra ver quem é

 

Mas eram as almas Santas benditas

 

Que se pesaram na balança de Miguel.

 

 

 

LXXV

 

 

 

Foi, foi Oxalá, que mandou eu pedir

 

Que mandou implorar

 

Que as Santas Almas viessem me ajudar

 

Que eu fosse na calunga de joelho a implorar.

 

 

 

LXXVI

 

 

 

Santo Antonio de Pemba,

 

Segura a curimba, segura o conga

 

Eu sou filho de Pemba

 

Não posso cair, e não posso tombar

 

Oi, como caminhou, meu pai, mas como caminhou

 

Santo Antonio de Pemba como caminhou

 

 

 

 

 

LXXVII

 

 

 

Valei-me meu São Benedito

 

Saravá a sua coroa

 

Saravá meu Senhor do Bonfim

 

Meu senhor Malaquias

 

Saravá todo povo da Bahia

 

 

 

LXXVIII

 

 

 

Ele é pai de cabeça,

 

É o chefe do nosso conga

 

O vento que balança as águas na Bahia

 

Deixa o Pai Mané aqui passar

 

 

 

Hoje é dia de festa no terreiro do meu pai,

 

Sarava Pai Mané que ele é o nosso pai

 

Embala eu babá, embala eu

 

Embala eu babá, embala eu

 

Embala eu babá, embala eu

 

Embala eu babá, embala eu

 

 

 

LXXIX

 

 

 

Eu fui na Bahia fazer uma promessa ao Senhor do Bonfim

 

Eu seguirei a minha banda até o fim

 

Me ajuda me dê paz e saúde, ó Senhor do Bonfim

 

 

 

LXXX

 

 

 

Pai, Pai Mané, nunca nos abandone

 

Toma conta do seu terreiro, toma conta do seu conga

 

 

 

Foi com almas, com as almas que eu conheci a macumba

 

Com as almas que eu conheci .........

 

 

 

LXXXI

 

 

 

No terreiro tem uma velha

 

Que não pode mais andar

 

Ela vai fazer macumba até o dia clarear

 

Dandá vová

 

 

 

Segura o toro cambinda amarra no moira

 

Meu santo Antonio é paquenino, abra a porta do céu

 

CAmbinda velha estremeceu, mas não saiu do moira

 

 

 

Bahia ô áfrica vem cá vem nos ajudar

 

Força baiana, força áfrica força divina vem cá

 

 

 

O barquinho de São Salvador

 

Chegou na Bahia todo carregado

 

Trouxe cravo, trouxe rosa

 

E a Vovó Rita que vinha do lado

 

 

 

Filho de fé vai esperar, esperar vovó

 

 

 

Chora meu cativeiro, meu cativero, meu cativerá

 

Quando batia 6 horas preta velha batia tambor

 

 

 

Ela ia pra sua urucaia saravá pai oxosse sarava pai xango

 

 

 

Chora meu cativeiro, meu cativero, meu cativerá

 

No tempo da escravidão cozinhava pra ela só

 

Preta velha não quer que eu coma

 

Abóbora, maxixe, quiabo e giló

 

Abóbora, maxixe, quiabo e giló

 

Desata o nó

 

Do caminho dos seus filhos

 

Eu plantei mandioca

 

Formiga comeu

 

Plantei, plantei não planto mais

 

Preto velho cadê seu borna, digui, na cancela ficou lá

 

Ontem eu sonhei que estava na Bahia....

 

Baiana do candomblé........

 

Cadê a rosa, rosa baiana....

 

Vamos à praia dendê, quero

 

Sai de babado pimenta da costa colares e guias

 

Ai como é lindo teu olhar

 

Ai como é lindo teu caminhar

 

Eu digo adeus

 

Está chegando a hora

 

Preto Velho se despede

 

E já vai embora

 

 

 

LXXXII

 

 

 

Ai vovó eu tenho medo

 

Ai vovó eu tenho medo

 

Que a fumaça do cachimbo

 

descubra o meu segredo

 

Que a fumaça do cachimbo

 

descubra o meu segredo

 

 

 

LXXXIII

 

 

 

Meu senhor da Senzala, meu Senhorzinho

 

Ele vem Cansado, Meu Pai Joaquim

 

Um grito de Liberdade Negro ecoou,

 

Quando Oxalá chamou,

 

Recebeu toda Paz, pela Humanidade

 

Hoje ele nos traz A Caridade

 

Luanda, Ôh! Luanda,

 

Como é tão lindo

 

Pai Joaquim em nossa Banda

 

Ôh! Luanda

 

 

 

LXXXIV

 

 

 

Vó Cambinda vem de longe

 

De tão longe, cansada de caminhar

 

Ela vem devagarzinho Sinhazia,

 

Quase que não pode andar

 

Vó Cambinda vem de longe

 

De tão longe, Mas até que aqui chegou

 

O seu corpo está marcado, coitadinha

 

Do chicote do sinhô

 

Seu caminho era de espinho

 

Só de espinho

 

Mas agora é só de flor

 

Mas, quanta dor, quanta tristeza

 

Que a velha traz no coração

 

Quando ainda ela se lembra

 

Do tempo da escravidão

 

Oh Deus lhe salve a estrela guia

 

Nos tempos da salvação

 

Isabel a redentora

 

Pôs a luz na escuridão

 

LXXXV

 

 

 

Pai Julião é tão pequenininho

 

Ninguém sabe a força que esse velho tem

 

 

 

LXXXVI

 

 

 

Adorei as almas

 

As Almas me atenderam

 

Eram as santas almas lá do cruzeiro

 

 

 

LXXXVII

 

 

 

As almas já acenderam o candieiro

 

Êeh lá no fundo mar

 

 

 

LXXXIX

 

 

 

É o vento que balança a folha ô Guiné

 

Êeh Pai Guiné, é o vento que balança a folha

 

 

 

XC

 

 

 

Preto na senzala bateu sua caixa deu “Viva Nhanhá”

 

Preto na senzala bateu sua caixa deu “Viva Nhônhô”

 

“Viva Nhanhá”! “Viva Nhônhô”!

 

Viva Nossa Senhora, o cativeiro já acabou

 

 

 

XCI

 

 

 

Ecoou, um canto vindo de longe, ecoou

 

Um lindo dia uma luz no céu brilho

 

Sob a Estrela Guia, iluminada chegou

 

A preta velha de Aruanda, luz divina

 

Recebeu de Oxalá o nome Vovó Cambinda

 

XCII

 

 

 

Auê meu cativeiro

 

Olha meu cativeiro

 

Meu cativerá

 

Auê meu cativeiro

 

Meu cativeiro

 

Meu cativerá

 

Preto velho tava cansado

 

Ia pra senzala batia o tambor

 

Preto velho dava viva a iaiá

 

Dava viva à sinhá

 

Dava viva ao senhor

 

 

 

XCIII

 

 

 

Preto Velho trabalha sentado

 

Se for preciso trabalha em pé

 

Mandinga de preto velho

 

É galho de arruda e folha de guiné

 

 

 

XCIV

 

 

 

Foi numa noite de lua

 

Que eu vi Tia Maria chegar

 

Ela estava tão serena

 

Sentada em seu congá

 

Lere lere

 

Ela vem nos saravá

 

Lere lere

 

Pra seus filhos abençoar

 

XCV

 

Quando o galo canta

 

As almas se levantam

 

E o mar recua

 

Os anjos do céu dizem amém

 

Tia Maria diz aleluia

 

Diz aleluia, diz aleluia

 

Tia Maria diz aleluia

 

 

 

XCVI

 

 

 

Galo cantou

 

E eu vi uma coral piar

 

Segura pemba, passa a mão na ferramenta

 

Pra salvar povo de Umbanda

 

E vamos trabalhar

 

Tira daqui, meus infio

 

Tira de lá

 

No congá olha a pemba de pai Oxalá

 

 

 

XCVII

 

 

 

Vovó Cambinda mandou

 

Apanhar o seu foité

 

Ela quer um poquinho de vinho

 

Seu cachimbo com fumo, arruda e guiné

 

Eu pergunto à Vovó

 

É pra fazer mironga?

 

Eu pergunto à Vovó

 

É pra demandar ?

 

Quem pergunta quer saber

 

Eu não sei se a Vovó vai dizer

 

 

 

XCVIII

 

 

 

 

 

Adeus vovô de fé

 

Quando precisar lhe chamo

 

Zambi lhe trouxe

 

Zambi vai lhe levar

 

Agradeço a tolha de renda, de bico

 

Que está no conga

 

 

 

 

 

Ai como é lindo teu olhar

 

Ai como é lindo teu caminhar

 

Eu digo adeus

 

Está chegando a hora

 

Preto Velho se despede

 

E já vai embora

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