I
O velho vem chegando
Vem chegando devagar
Apoiado no seu cajado
Vem na Umbanda saravá
II
Meu pai Oxalá é o rei venha nos valer (bis)
O velho Omulú Atotô Obaluaê (bis)
E atotô Obaluaê, Atotô babá
Atotô Obaluaê Omulú é orixá
III
Na força das almas vem vibrando
Quando a lua cheia iluminou
E brilha no cemitério
Clariando a cruz maior
Atoto, Atoto, Obaluae
Atoto, Atoto, a cruz maior eu adorei
IV
Quem disse que meu pai é velho,
É velho mas tem coroa
Ofereço a Obaluaê
Pipoca, perfume e flores
V
Casinha branca, casinha branca,
que eu mandei fazer (bis)
para oferecer a meu pai omulu,
seu atotô obaluaiê (bis)
oi salve mamãe Oxum! E salve Nanã Buroquê!
Salve Atotô Obaluaiê (bis)
VI
Santo Antonio de pemba caminhou sete anos
à procura de mano até que encontrou,
Mas como caminhou, meu Pai (bis)
Mas como caminhou Santo Antonio de pemba
Como caminhou.
VII
Oh Seu Omulú, Ele é orixá
O seu tesouro é osso carirê, carirá
VIII
Se eu vejo um velho no caminho
eu peço a benção (2x)
Deus lhe abençoe,
Deus lhe abençoe
Deus lhe abençoe,
obaluayê, Deus lhe abençoe!
IX
Atotô, obaluaê meu pai
Meu pai é santo
É santo do meu axé, é santo do meu encanto
X
Sete anos no deserto sem ter nada pra comer
Com a sua cabaça no ombro sem ter água pra beber
Ele é Omulu, é Obaluaê
Ele é Omulu, é Obaluaê
XI
Ah! Vovó das almas, não me deixe andar sozinho
Toma conta dos inimigos, abre os meus caminhos
Se eu sou filho de Omulú, meu Pai, Meu Pai é Santo
Santo do Meu Axé, Santo do meu encanto
XII
“Atotô Obaluaê, peço malei-me para o meu cabuletê
Peço saúde, peço paz e proteção
Peço malei para dar ao meu irmão
Peço saúde, peço paz e proteção
Peço malei para o meu cabuletê,
Peço saúde para dar ao meu irmão”
XIII
Omulu, Omulu
Livrei-nos da sede da peste e da fome
Omulu, Omulu
Médico dos pobres hoje eu vim louvar teu nome
Atoto, atoto obaluaê
Com a sua dança espalhe o seu poder
Atoto, atoto obaluaê
Venha nos salvar, oh! Venha nos valer
XIII
Se você está sofrendo
Num leito frio e com dor
Com pipoca e dendê,
Muita gente ele curou
Se seu corpo está ferido
E não pode mais suportar
Peça proteção a ele que vai lhe ajudar,
Obaluaê, é Obaluaê, (bis)
É Atotô
Têm o segredo da vida
Do começo e do fim
Oh, meu senhor das palhas tenha muita dó de mim
Na procissão das almas, que partem pro infinito
Ele vai mostrando a elas outro mundo mais bonito
Obaluaê, é Obaluaê, (bis)
é Atotô
XIII
Trocou palácio de nobre
Pela casa de sapê
Meu pai é Obaluaê
Meu pai é rei poderoso
Que mora dentro da terra
É Orixa milagroso
Que o campo santo governa
Se meu corpo está ferido
A ele vou recorrer
Quando tudo está perdido
Ele é quem vem me valer
Trocou palácio de nobre
Pela casa de sapê
Meu pai é Obaluaê
Grande é sua riqueza
Ninguém pode calcular
É protetor da pobreza
A todos quer ajudar
Filá de palha santa
Ele é força ele é poder
Coro são suas flores
Que aliviam o meu sofrer
Trocou palácio de nobre
Pela casa de sapê
Meu pai é Obaluaê
XIV
Omulu, aiê, atotô, é um orixá!
Pede que ele dá, atotô, ele é orixá!
Omulu aiê atotô
é um orixá!
Pede que ele dá, atotô
ele é orixá!
XV
São flores nanã são flores
de seu filho obaluaiê (bis)
nas noites de agonia
ele é quem vem me valer
é seu filho Nãnã
é meu pai
ele é seu Obaluaiê
XVI
Eu caminhava por uma estrada
Quando um velho eu encontrei
Eu perguntei quem é você...
Me respondeu sou dono do seu caminho,
Afastando os espinhos para você não sofrer
E com meu manto sagrado te cubro e te amparo
Sou obaluayê.
Ao seus pés me joelhei, suas mãos eu afaguei,
Suas preces eu emplorei e Atotô Obaluayê sou feliz tenho você.
Eu caminhei, caminhei, caminhei;
Hoje eu sou feliz meu pai Obaluayê. (Bis)