I
Ogum exu pede licença pra seu povo ele arriar
Mas ele é o exu guerreiro
Vem trazendo força pra esse terreiro
II
Marabô ieê, Maraboiâ, (bis)
Cadê Marabô, (3x) Maraboiâ
III
As curas de seu tranca ruas
São de uma beleza rara
Seu tranca ruas começa
Onde a medicina pára
É um fato consumado
Que ninguém mais ignora
Para o senhor tranca ruas
O câncer virou catapora
IV
Sete, sete, sete
Sete favores eu pedi
Sete, sete, sete
Todos sete eu recebi
O primeiro pedi paz, O segundo alegria
O terceiro igualdade, O quarto a sabedoria
O quinto pedi saúde, O sexto a prosperidade
O sétimo que eu fosse umbandista de verdade
Ele é seu Tranca ruas reina na encruzilhada
Gira na minha coroa sem ele eu não sou nada
Um exu iluminado com sete fontes de luz
Tem seu nome consagrado quem consagrou foi Jesus
V
Ó luar, ó luar (ó luar)
Mas ele é o dono da rua (ô luar)
Quem cometeu as suas faltas
Peça perdão a tranca ruas
Tanto sangue derramado
Espalhado pelo chão
Quem cometeu as suas faltas
Peça perdão a tranca ruas
VI
Ó luar, ó luar (ó luar)
Todos são filhos da Lua
Oi saravá as Pomba giras
Seu Marabô e Tranca Ruas
VII
Soltei meu pombo lá nas matas
Foi na pedreira e não pousou
Mas foi pousar na encruzilhada
E exu saravou
Mas foi pousar na encruzilhada
E pombagira saravou
Mas ela vai girar auê
VIII
Salve o sol, salve a lua
Na encruzilhada
Posso com tudo
Porque eu sou exu veludo
IX
Portão de Ferro
Cadeado de madeira (bis)
Na porta do cemitério
Onde mora exu caveira (bis)
X
Exú da meia noite, exú da madrugada
Uma banda sem exu não se pode fazer nada
XI
Ê qua qua qua
Que linda risada
Que exu vai dar
Que linda risada
Que exu vai dar
De qua qua qua
XII
Tava curiando na encruza
Quando a banda me chamou
Exu na encruza aí
No terreiro ele é doutor
Exu vence demanda
Exú é Marabô
XIII
O sino da igrejinha
Faz belem blem blom (bis)
Deu meia noite o galo já cantou
Todos exus/As pomba giras são donos da gira (bis)
Oi corre gira que Ogum mandou
XIV
Salve exu rei da encruzilhada
Numa banda sem exu
Não se pode fazer nada
Em cima daquela mesa
Tem sete facas cruzadas
Salve tranca ruas
Salve sete encruzilhadas
XV
Vocês estão vendo
Aquela casa pequenina
Lá no alto da colina
É uma casa que tem amor
Aonde mora Zé Pilintra
XVI
Oi, Zé quando vier de Alagoas
Toma cuidado, oi Zé com o balanço da canoa
Oi, Zé faça o que quiser
Só não maltrate o coração desta mulher
Oi, Zé faça o que quiser
Só não maltrate o coração desta mulher
XVII
Santo Antonio de pemba
Segura seus filhos, segura o congá
Ele é filho de pemba,
Não pode cair, não pode tombar
Mas como caminhou, pemba
Mas como caminhou
Santo Antonio de pemba como caminhou
XVIII
Santo Antonio de batalha
Faz de mim trabalhador (bis)
Corre gira a Padilha
A Mulambo e Marabô (bis)
XIX
Vinha caminhando a pé,
Para ver se encontrava,
A minha Cigana de fé!
Ela parou e leu minha mão,
E disse a mais pura verdade!
Eu só queria saber onde mora,
A Pombogira Cigana!
XX
Arreda homem, que aí vem mulher (bis)
Ela é a Pombogira
Rainha de quem tem fé
Seu Tranca Rua vem na frente
Pra dizer quem ela é
Ela é a Pombogira
Rainha de quem tem fé
XXI
Bem que eu lhe avisei
Que você não jogasse
Essa cartada comigo
Você parou no valete
E eu parei na dama
Amigo você não me engana
Pois eu sou Marabô
Sou um Exú de Fama
XXII
Foi uma rosa que eu plantei na encruzilhada
Foi uma rosa que eu plantei no meu jardim
Maria Mulambo, Maria mulher
Maria Padilha rainha de quem tem fé
XXIII
Ganhei uma barraca velha
Foi a Cigana Quem me deu (bis)
O que é meu É da Cigana
O que é dela Não é meu
Ciganinha puerê, puerá.
XXIV
É uma casa de pombo (bis)
É de pombagira
Auê auê auê auá (bis)
XXV
Exu pisa no toco
Exu pisa no galho
O galho balança
Exu não cai o canga
Ê ê ê exu pisa no toco de um galho só (bis)
XXVI
Eu vi homem sentado
Embaixo da amendoeira (bis)
Era osso só, era Exu Caveira (bis)
XXVII
Ê Caveira
Afirma a ponto na folha da bananeira
Quando o galo canta é madrugada
Foi Exú na encruzilhada, batizado no dendê
Rezo uma oração de trás pra frente
firmo o ponto, a chama ardente, aquece Exú alaruê
eu ouço a gargalhada do Diabo
O Caveira é o enviado, do príncipe Lúcifer,
é ele quem comanda o cemitério
catacumba tem mistério, seu feitiço tem axé,
Ê Caveira
Afirma seu ponto na folha da bananeira
E na calunga quando ele aparece,
Credo em cruz eu rezo prece pra o Exu dono da rua
Sinto a força desse momento
E firmo meus pensamentos nos quatro cantos da rua
E peço a ele que me proteja onde quer que eu esteja
Nessa caminhada
Confio em sua ajuda verdadeira
Ele é o Seu Caveira, senhor da encruzilhada
Ê Caveira
Afirma seu ponto na folha da bananeira
XXVIII
Ê puerê, ê puerá
Em baixo da bananeira só Exú Caveira
XXIX
Ele é filho do Sol, ele é neto da Lua
Quem cometeu as suas faltas
Peça perdão À Tranca Rua
XXX
Seu Tranca ruas, deu uma tesoura
Pra cortar língua de falador
XXXI
Deu um clarão na encruzilhada
E do clarão surgiu uma gargalhada
Não era o Sol, não era a lua
O que brilhava era o mestre Tranca Ruas
XXXII
Eu amei alguém, mas este alguém
Já não ama ninguém (bis)
Eu amei o sol, eu amei a lua,
Na encruzilhada eu amei seu Tranca Ruas (bis)
XXXIII
Exu Tiriri de Umbanda
Morador da encruzilhada
Toma conta e presta conta
No romper da madrugada
XXXIX
Corre, corre encruzilhada
A pomba Gira já chegou (bis)
Da porteira ou da calunga virá
Do lado de Marabô (bis)
XL
Ela é ciganinha da sandália de pau.
Quando ela chega no reino, Traz o bem e leva o mal.
XLI
Ciganinha, Ciganinha da sandália de prata.
Com um pandeiro na mão
E o baralho na outra a ciganinha lê a carta
XLII
Deu meia noite
A lua se escondeu
Foi lá na encruzilhada
Ouvi uma gargalhada
E a cigana apareceu
Alaruê, alaruê, alaruê
É mojubá, é mojubá, é mojubá
É a cigana, quem tem fé nessa cigana
É só pedir que ela dá
XLIII
Eu caminhava pela alta madrugada
Sob o clarão da lua
Ouvi uma gargalhada
Linda morena formosa
Me diga quem você é,
Tu és a dona da rosa, és Pombagira de fé
Pode abrir qualquer gira
Pode chegar quem quiser
És Pombagira de umbanda
Só não te conhece quem não quer
XLIV
Dizem que Pombagira é uma rosa
É uma rosa que nasceu no meio do espinho
Maria Padilha, rosa sem espinho
segue os meus passos ilumina os meus caminhos
XLV
Deu uma ventania (ô ganga)
No alto da serra
É a pombo gira (ô ganga)
Que vem girar na Terra
XLVI
Abre a roda (bis)
Deixa a Maria Padilha trabalhar
Quando ela vem,
Ela tem peito de aço, (bis)
E o coração de um sabiá
XLVII
Foi Iansã quem te deu força
Rainha de quem tem fé
Vamos saravá (bis)
Maria Padilha que mulher (bis)
XLVIII
Olha a sai dela Olelê
É Mulambo só
Sua saia tem sete metros
Sete metros é farrapo só
XLIX
Olha Maria, caminhando na calçada
Ela gira dia e noite até alta madrugada
Quem não conhece sua ponteira e seu cigarro
Sua rosa e seu marafo que bebia a cada passo
Ela caminha sobre o fogo se quiser
Ela abre qualquer gira
P´ra salvar filhos de fé
É a Maria, entre as Marias
E seu passo lá vai bambo
Olha a Maria Mulambo
L
A Pombagira no alto de uma ladeira
Ela pulava em cima de uma fogueira (bis)
Ela pulava, dava uma gargalhada
Amarrava os inimigos na barra da sua saia (bis)
LI
A sua catacumba tem mistério,
Mas, ela é a Rainha do Cemitério!
Mas, ela é loira, dos olhos azuis,
Maria Padilha, Filha de seu Omulú!
LII
Eu passei no cemitério
Às onze horas do dia
Os homens davam boa noite
As mulheres davam bom dia
Zum zum zum o cemitério tremia
Zum zum zum sete catacumbas sorria (bis)
LIII
Maraboiê, maraboiá (bis)
Olha a talaia de pomba gira (bis)
Exu Marabô é boiá
LIV
Pombagira ganhou garrafa de marafo
E levou na capela p´ro padre benzer
Entregou p´ro sacristão
Na batina do padre tem dendê
Tem dendê (bis)
LV
Laroyê exu, Exú é mojubá
Salve o povo da encruza, da cancela, do cruzeiro,
do cemitério, da figueira e da calunga.
LVI
Ogum exu pede licença pra seu povo ele arriar
Mas ele é o exu guerreiro
Vem trazendo força pra esse terreiro
LVII
Aonde vai corcunda com tanta carreira
No portão do cemitério vai chamar João Caveira
LVIII
O garfo de exu é firme
A capa de exu me rodeia
Passei pela encruzilhada
Exu não bambeia
LIX
Santo Antonio pequenino
Botou fogo no paiou ô ganga
Exu pisa no toco de um galho só (2x)
O galho balança, exu não cai
Ô ganga
LX
Serra a madeira e serra o pau
Se serra o pau serra o tronco também
LXI
Me dá licença
A encruzilhada o cemitério
E a figueira também
LXII
Cemitério é praça linda
Ninguém quer lá passear
Catacumba é casa branca
Casa de exu morar
LXIII
Já deu meia noite meus irmãos
Às 12 horas já bateu, mas lenta quem está sentado meus irmãos para saudar Exu Toquinho
LXIV
Exu que tem duas cabeças
Ele olha sua banda com fé
Uma é satanás no inferno
A outra é de Jesus Nazaré
LXV
Exu cainana
Quem te mandou, cainana
Foi a Maria padilha (cainana)
Foi seu marabô (cainana)
Foi Maria mulambo (cainana)
Foi quem me chamou (cainana)
LXVI
Seu Tranca Ruas
Que nasceu na rua
Se criou na rua
E na rua morreu
Seu Tranca Ruas
Seu Tranca Ruas
Seu Tranca Ruas
Ainda é dono da rua
LXVII
Seu Marabô, Seu Marabô
Ninguém deveria morrer,
Sem conhecer a razão
Com a força de um palmo de terra
Para jogar Seu Marabô no chão
LXVIII
Seu Marabô, ele é pequinininho
Mas pra mim ele grande demais
Todos pedidos que eu faço Marabô
Ele me satisfaz
LXIX
Quando o galo canta
As almas se levantam
E o mar ecoa
Os anjos do céu dizem amém
E o pobre lavrador diz aleluia
Diz aleluia, diz aleluia
Seu Marabô, diz aleluia (bis)
Diz aleluia diz aleluia
Dona Mulambo diz aleluia
LXX
Ele é Capitão da encruzilhada, ele é
Ele é ordenança de Ogum
Sua coroa quem lhe deu
Foi Santo Antonio
Sua divisa quem lhe deu Foi Omulu
Oi salve o céu
Salve o sol e Salve a lua
Saravá seu Tranca Ruas
Que corre gira no meio da rua
Ele ainda é mojubá (bis)
Saravá seu Tranca Rua
Que corre gira no meio da rua
LXXI
No portão do cemitério
Eu vi um moleque lá
Pulava de cova em cova
Procurando onde morar
Que moleque é aquele
É seu marabô
LXXII
Sete porteiras,
Sete encruzilhadas
Exu é da banda cruzada
Auê é banda cruzada
LXXIII
Ê Veludo, seu cabrito deu um berro
Entortou cerca de arame,
Estourou portão de ferro
LXXIX
O morro de Santa Teresa está de luto
Porque Zé Pilintra morreu
Ele chorava, por uma mulher
Que não lhe amava
LXXX
Bravo senhor bravo
seu Zé Pilintra chegou
ele salvou pai salvou mãe
salvou padrinho e madrinha
salvou um cego na estrada
e um aleijado na linha
LXXXI
Tem um flagrante no morro
A policia vem ai
Malandro que é malandro
Se escondeu lá na figueira
Olha ele aí, olha ele aí.
LXXXII
Às quatro da madrugada
Ela me acorda e eu não quero nada
Mas qualquer dia eu quebro esse seu despertador
Mas trabalhar eu não vou
LXXXIII
Sua Coroa é de Ferro,
Sua Capa é Encarnada,
Saravá Exús e Pombogira!
Rainha das Sete Encruzilhada!
LXXXIX
Estava sentado no muro
Fumando um bagulho a policia chegou
Joguei o bagulho pro alto
Sai no pinote e ninguém me pegou
Houve tiroteio, houve confusão
Parou na porta um camburão
XC
Se a rádio patrulha chegasse aqui agora
Seria uma grande vitória
Ninguém poderia correr
Agora que eu quero ver
Quem é malandro não pode correr
XCI
Quando eu venho descendo o morro
A nega pensa que eu vou trabalhar
Eu boto meu baralho no bolso
Castiçal no pescoço e vou pra Barão de Mauá
Trabalhar, trabalhar
Trabalhar pra que
Se eu trabalhar eu vou morrer
XCII
Auê olha a pomba gire
Olha a pomba gira
Auê olha a pomba gire
Olha a pomba gira
Auê olha a pomba gire
Olha a pomba gira
XCIII
Padilha ó Padilha ó
A pedra do seu anel
Brilha mais do que o sol (bis)
Com sua saia, sua rosa no cabelo,
Como é bonito ver a Padilha no terreiro (bis)
XCIV
Na beirado do caminho
Este congá tem segurança
Na porteira tem vigia
Meia noite o galo canta
XCV
Quem nesse mundo nunca ouviu dizer
Quem nesse mundo nunca ouviu falar
De uma cigana que mora naquela estrada
Ela tem sua morada sob o clarão do luar
Cigana da estrada força poderosa
Me dê proteção e axé ciganinha formosa
XCVI
Quando ouvi pela primeira vez aquela gargalhada
Achei uma coisa tão linda senti uma força cigana
Olhando no meio da roda
Estava lá uma cigana formosa,
Ela é cigana o... cigana rosa...
XCVII
Eu vi exu dando gargalhada,
Com tridente na mão e sua capa bordada
Ele é Exú Tiriri
Morador lá da calunga,
Vai firma seu ponto aqui (2x)
XCVIII
Girê mavile, mavango
É compensuê á á á
Exú apavenã (2x)
Em minha aldeia ingá é
Exú apavenã
XCIX
Táta Mulambo
Ela mereceu ganhar
Ganhar o que ganhou
Foram sete rosas na calunga
Sete marafos
E uma saia de cetim
E como tudo isso não bastasse
Ela ganhou uma coroa de atotô
Atotô meu pai atotô meu senhor
Tata Mulambo mereceu o que ganhou
C
Mulambo rainha da encruza
A deusa encantada
Tem no seu conga a segurança
Ela tem sua história marcada
Caminhou num tapete de flores
E nem sequer se importou
Ela deixou
Os seus súditos chorando
E foi viver
No mundo da perdição
Ela é rainha, ela é mulher (bis)
Pedacinho de mulambo
É para quem tem fé
CI
Choveu, choveu,
Só lá na calunga é que não choveu,
É que a Dona Mulambo da encruzilhada
Presta conta pra Deus
CII
De vermelho e preto
Vestindo a noite um mistério traz
De colar de ouro brinco dourado a promessa faz
Você pode ir você pode vir
Peça o que quiser
Mas cuidado amigo ela é bonita ela é mulher (bis)
E no canto da rua rodando rodando rodando está
Ela é moça bonita girando girando girando lá
Oi girando lá ô lê lê
Oi girando lá ô lá lá
CIII
Maria Padilha
Você é a flor perfeita
Que vem dentro desta ceita
Para aqueles que tem fé...
Tú és a Rosa que perfuma a Umbanda
Vencedora de demandas,
Com amor e muito axé...
Maria Padilha não me deixe andar sozinho,
Põe a rosa sem espinhos
Nos caminhos aonde eu passar...
Ô pombo gire, ô pombo gira
Faça um tapete de rosas para que eu possa caminhar.
CIV
Nasceu no cruzeiro das almas,
Uma roseira que já deu flor,
Entre elas uma rosa
Que em uma linda mulher se transformou
Praticando sua caridade com muito amor
Exalando harmonia como o perfume da flor
Ela é moça bonita
Ela é faceira e formosa
Mulambo da encruza é a mais bela das rosas
CV
Vinha caminhando pela rua
Quando uma moça bonita eu vi
Com sua sandália de prata sua saia dourada
Ela sorriu para mim
Eu perguntei a ela, onde fica a sua morada
Ela respondeu pra mim assim
Moro numa estrada sem fim
Moro numa estrada sem fim
CVI
Mulambo, soberana da estrada
Rainha da encruzilhada
E também de quem tem fé,
Suprema é uma mulher de negro
Alegria do terreiro seu feitiço tem axé
Mas ela é ela é, ela é
Mulambo da encruza
Minha amiga de fé
CVII
Mas que caminho tão escuro
Que vem passando aquela moça (bis)
Com vestidinho de chita
Estalando osso, osso por osso (bis)
Mas a pombogira é a tata molambo
Mas ela é a pombogira é a tata molambo
Com vestidinho de chita
Estalando osso, osso por osso
Com vestidinho de chita
Estalando osso, osso por osso
CVIII
Pombo Gira
Se tu és uma rosa
Que floresceu sob um monte de espinhos
Ô pombo Gira abre os meus caminhos
CIX
É negra, soberana e poderosa
É a mais linda das rosas que encanta o jardim
La na encruza é luz que nos dá caminho
Nunca nos deixa sozinho
Sempre pronta para nos ajudar
É rica de energia e de beleza
É fonte de alegria aonde houver tristeza
Sua missão é praticar a caridade
Demonstrando lealdade trabalhando para o bem
Ajudando a quem precisa e a quem não precisa também
Mas se você não acredita um dia há de acreditar
Quando passar pela encruza e a Mulambo estiver lá
Ri qua qua, ri qua qua,
é a Mulambo da Encruza que está a gargalhar
Ri qua qua, ri qua qua, é a Mulambo da Encruza
Ena ena amojubá
CX
Ó Ciganinha, eu preciso de você.
Ó Ciganinha, eu preciso de você.
Vamos jogar o jogo da amarelinha,
Se eu perder, você me ganha
Se eu ganhar, você é minha
CXI
Foi em uma estrada velha, na subida de uma serra
Numa noite de luar (de luar, de luar)
Pombogira da Figueira, Moça bela e faceira
Dava o seu gargalhar
Ela é mojubá, Ela é mojubá, Ela é mojubá
CXII
É uma casa de pombo
É de pombogirá
Auê, auê. Auê, auá (auê. Auê, auá) (bis)
CXIII
É ciganinha, é
A pedra do seu anel
Brilha mais do que o sol
Com seu pandeiro
E sua rosa no cabelo
Como é lindo a gente ver
Ciganinha no terreiro
CXIV
Moça me dá um cigarro do seu pra fumar
Porque dinheiro Eu não tenho prá comprar
Vivo sozinho, vivo na solidão
Ó pombogira me dê sua proteção
Ô moça, ô moça, ô moça
Me ajude com a sua força
CXV
Cemitério é praça linda
Que eu não quero passear (bis)
Lá tem sete catacumbas, a Padilha mora lá
Mora lá, mora lá
a Padilha mora lá
CXVI
Era meia-noite,
Lá na calunga a Pombagira apareceu,
Iluminada pela lua,
Com a sua pele nua um sorriso ela deu (bis)
Mas ela é, ela é, ela é Pombogira das Rosas
Misteriosa mulher...
CXVII
Seu Marabô me cubra com sua capa,
Quem tem sua capa escapa,
A sua capa é um manto de caridade,
Sua capa cobre tudo, só não cobre a falsidade
CXVIII
Quando tu vens chegando na Umbanda
Trazendo paz, energia e amor
Com tua fama, teu empenho e teu carinho
Vens chegando de mansinho do lado de Marabô
Mulambo da encruza que veio nos ver
Seu axé é poderoso e veio pra nos valer
Vem enfeitada e seu vestido não tem cores
Lá da encruza vem tirar a nossa dor
Ela nos cura e purifica nossa alma
Dá uma gargalhada e deixa saúde e amor
Mulambo da encruza que veio nos ver
Seu axé é poderoso e veio pra nos valer
CXIX
Era madrugada
e o luar clariava toda rua
Um moço rico tão gabozo caminhava
Com sorriso me olhava
tinha fogo em seu olhar
Mas ele é meu amigo de fé
Meu exu camarada
O seu axé está na rua
o seu nome é Tranca Ruas
ele é o rei da encruzilhada
CXX
Noite tão linda,
Céu estrelado misterioso luar
Ondas que avançam pra areia
Beijando os pés da cigana a bailar
Com seu vestido rodado e uma rosa na mão
Linda cigana peço a sua proteção
Trazendo paz e alegria, cheiro de rosas no ar
Filha do vento vem saudar força do mar
Como gira na areia ô, como gira na areia
A Cigana da Praia bailando pra Mãe Sereia
Como gira na areia ô, como gira na areia
A Cigana da Praia bailando pra Mãe Sereia
CXXI
Batam palmas pra ele
O rei da festa chegou
Com sua capa e cartola
Na lei da umbanda Tranca Ruas ele é doutor
Vou demonstrar o meu carinho, gratidão com fervor
Batendo palmas pra ele seu Tranca Ruas ele é meu protetor
Laroê exu
CXXII
De capa e cartola, caminha na madrugada,
Andarilho da estrada sempre combatendo o mal.
Seu Tranca Ruas é amigo camarada dando forte gargalhada
Me livra de todo o mal.
Alaroiê exu amojubá melhor que Tranca Ruas das Almas não há
7 marafos coloquei na encruzilhada
7 velhas e charutos, também levei um padê
A meia noite chamei por seu Tranca Ruas
Houve forte gargalhada, ele veio me valer
Alaroiê exu amojubá melhor que Tranca Ruas das Almas não há
Faço um pedido no meio da encruzilhada
A Tranca Ruas da Almas antes do galo cantar
Se o galo canta é sinal que tá na hora
Firma gira meu ogã, que Tranca Ruas vai embora.
Alaroiê exu amojubá melhor que Tranca Ruas das Almas não há
CXXIII
Joga flores no caminho,
não me deixa andar sozinho,
nesse mundo de meu Deus.. (2x)
Você que é uma rainha,
mais deixou tudo o que tinha,
pra viver com os plebeus… (2x)
Linda, formosa e vaidosa,
traz no cabelo uma rosa,
que alguém lhe ofereceu,
Morena, quem me contou foi um jongo,
você é Maria de jobe, mas para nós tú és Molambo
hô abre a roda, deixa ela dançar,
ela é Maria Molambo aqui e em qualquer lugar (2x)
CXXIV
Procurei sim!
Dias e noites sem fim.
Procurei Rosa Vermelha e encontrei nesse jardim.(2x)
Procurei por uma Rosa.
A mais bela e formosa.
E encontrei Rosa Vermelha.
divina e maravilhosa.
Num jardim de lindas flores.
Encontrei linda mulher.
Rosa Vermelha Encantada.
Linda Rosa ela é!
CXXV
Ela vem caminhando no cruzeiro
Ela vem dançando vestida de vermelho
Ela é a pomba gira, ela é rosa de amor
Eu caminhava só e triste no cruzeiro
E uma moça de vermelho de repente apareceu
Com sete rosas, sua cabeça coroada
E sua saia rodada que dançando não se vê
Muito bonita eu achei muito formosa
Quando chega a noite aflora o perfume de mulher
Mas, ela é Rosa Vermelha, Ela é uma linda flor
Ela é uma rosa cheia de amor (bis)
Rosa vermelha, rosa vermelha sagrada
Rosa vermelha a Pomba Gira das Sete encruzilhadas
Vive girando, rondando só pela rua
Rosa vermelha a Pomba Gira das Sete encruzilhadas
Bonita rosa, a encruzilhada, bonita rosa
Que vem dançando de madrugada
CXXVI
Exú fez uma casa, sem porteira e sem janela
Exú fez uma casa, sem porteira e sem janela
Ainda não achou, morador pra morar nela
CXXVII
A sua casa não tem parede, não tem janela e não tem nada
Aonde é, aonde é que exu mora?
Exu mora na encruzilhada.
CXXVIII
Ogum mandou louvar Exu,
Laroiê Laroiê. Laroiê, laroiê
Ele é um tatá na calunga
ele é bamba na encruza.
Laroiê Laroiê.Laroiê, laroiê
Ele é meu amigo
É Sete Encruzilhadas0
Laroiê Laroiê. Laroiê, laroiê…
CXXIX
Seu Tranca Ruas é uma beleza
Eu nunca vi um exu assim
Seu Tranca Ruas é uma beleza
Ele é madeira que não dá cupim!
CXXX
Ele é seu Tiriri mora na calunga
Se quiser falar com ele corre sete catacumba
Ele trabalha com o sol, trabalha com a lua, exú
Ele trabalha com o tempo, trabalha com o vento, exú
CXXXI
Sua gargalhada ecoa na madrugada
Maria Padilha não é cinzas ela é brasa,
Com sol ou lua louvamos com fé
Maria Padilha está pro que der e vier
Não mexa com a Padilha brincadeira ela não é
Transforma espinho em rosas se fores merecedor
Na barra da sua saia ninguém nunca encostou
Labareda de fogo queima, É o aviso que ela dá
Quem quer caminhos floridos com ela não vai brincar
CXXXII
Maria Padilha Estou Cantando Em Seu Louvor,
Na Barra Da Sua Saia Corre água E Nasce Flor
CXXXIII
Quando chega a madrugada
Exú do Lodo na Umbanda chega
Ele vem do cemitério
Vai sair a lua cheia
Quando chega a madrugada
Exú do Lodo na Umbanda chega
Ele vem do cemitério
Vai sair a lua cheia
Exú do Lodo é meu compadre na Umbanda
Exú do Lodo vem alegrar a nossa banda
CXXXIV
Odara morador da encruzilhadas
firma seu ponto com 7 facas cruzadas
Filho de umbanda pede com fé,
pra seu 7 encruzilhadas que ele dá o que você quer
CXXXV
Umbanda sua rainha chegou
umbanda mais uma estrela brilhou (bis)
o salve, salve a Pomba Gira que veio da encruzilhada
para alegra nossa gira,
o salve seu ponteiro de aço salve a sua tesoura que
corta todo embaraço.
CXXXVI
Quem viu o sol se esconder
Quem viu a Lua brilhar
Quem viu o espinho da rosa
Também vai ver Maria Padilha chegar (bis)
Os seus olhos são verdes
Sua cor é mulata
Seus cabelos são negros
E a sandália é de prata
Numa mão tem perfume
Na outra tem a flor
Para Umbanda querida
Maria Padilha traz paz e amor
EXU (SUBIDA)
I
Vai exu vai passear
Numa noite tão bonita
Numa noite de luar
II
Pombagira foi você quem falou
Você falou que gostava de mim (bis)
Pombagira quando você for embora,
Quando você for embora
Deixe uma rosa pra mim (bis)
III
cambono, camboninho meu
Meu cambono
olha que exu vai oló
vai, vai, vai
Ele vai numa gira só
IV
Quando o atabaque soa
Filhos de umbanda choram
é que os meus exus
Dessa banda vão embora
até outro dia, até outra lua
Até qualquer hora
V
Vai exu vai caminhar
Vai exu vai caminhar
numa noite tão bonita
Numa noite de luar
VI
Exu vai pelo pé, pelo pé
Exu vai pela mão, pela mão
Exu já vai embora
Olha a banda com banda
Exu vai só
VII
Exu já comeu, Exu já bebeu
Agora quem manda na banda sou eu
Mas seu exu pra que tanta demora
Dona da casa diz
Que é hora é hora é hora
VIII
Adeus pomba gira, adeus
Encruzilhada chama
E ela vai oló (bis)
Seu cavalo fica aqui
E ela vai numa gira só (bis)
IX
Calunga está lhe chamando
Oi firma ponto exu vai girar
Quem tiver suas demandas
Pede com fé que eles vão levar
Caveira trabalhou na umbanda
Dona Mulambo firmou minha gira
Com Tranca Ruas e Seu Tiriri
Seu Marabô e Maria Padilha
Calunga está lhe chamando
Oi firma ponto exu vai girar
Quem tiver suas demandas
Pede com fé que eles vão levar
Padilha vai para a encruzilhada
Exú Caveira pro cemitério
Tiriri, Tranca Ruas e Marabô
Vão amarrando a coisa ruim no ferro