I
Quando Oiá me chamou
Eu fui atender, estava sentada Insã
Na palha do dendê
Guerrerou, guerreou, relampejou
Pelo cálice pela óstia relampejou
II
Tiberebere Insã tibereré
III
Oyá, oyá olha eu
Olha a matamba de cacurucá denguê
Rê rê rê rê na aruanda ê
Na aruanda ê é minha mãe
Na aruanda ê é eparre
Na aruanda ê é Insã
Na aruanda ê
IV
Iansã é uma moça bonita
mas ela é dona do seu jacutá
ô eparrei ô eparrei ô eparrei
Mamãe de aruanda segura essa banda que eu quero ver
VII
Ventou
Mais que ventania
Iansã é nossa mãe
Santa Bárbara é nossa guia
VIII
O vento vem soprando o nome dela
Dizendo que já vai relampejar
As flores do jardim ficam mais belas
Porque nossa rainha vai chegar
Ela é a mais bonita eh eparrê
Ela é valente e é guerreira eh eparrê
Ela é a mais bonita eh eparrê
Ela é valente e é guerreira eh eparrê
IX
Deu um clarão no céu
As nuvens se esconderam
Mas de repente deu uma ventania
Era a donas dos raios
Iansã que aparecia
Tão linda como o ouro na cor
Sua coroa é cravejada de brilhantes
Eparrêi eparrêi oia
Ilumina meus caminhos por onde eu passar
X
E eh eparrê Oya Dona dos ventos
Mensageira da Oxalá,
Sarava Grande Guerreira,
Deusa do fogo e da luz
Minha santa padroeira,
Que a todos os filhos conduz.
Proteção para seus filhos,
Eparrei bela Oiá.
Moça rica de Aruanda
Vem na Umbanda Sarava
XI
Oyá é moça rica,
Ela é filha de xangô
Iansã chegou na umbanda,
No seu reino saravou
XII
Yansã, Orixá de Umbanda
Rainhã do nosso conga
Sarava Yansã lá na Aruanda,
Eparrei, Eparrei Yansã, venceu demanda.
Yansã, saravou pai Xangô
No céu, um trovão roncou
E lá na mata o leão bradou
Saravá yansã, saravá Xangô
XIII
O moça rica sua espada é luminosa
Sua Coroa é cravejada de brilhantes
O moça rica sua espada é luminosa
Sua Coroa é cravejada de brilhantes
re re re re eee re re re ááá
é Santa Bárbara, Rainha do Jacutá
re re re re eee re re re ááá
é Santa Bárbara, Rainha do Jacutá
XIX
Raio de luz clarão no céu é ventania que vem lá
A noite inteira, vento vem e vai
Rodopiando a bailar, com a espada erguida ao luar
Surge a guerreira
É Yansã varrendo os males, é Yansã oh! Mãe valei-me
Levai nesses ventos os nossos tormentos
Levai minha dor
Quando cessar a tempestade e eu vislumbrar novo amanhã
Explode em meu peito um brado _ Ehparrei
Mamãe Yansã
Põe no taxo azeite pra ferver
Que Oiá põe nele o tempero desse acarajé
Que é força e coragem pra seguir viagem
Dos filhos que tem fé
XX
Eu estava numa ladeira sem poder descer
Oh Santa Bárbara Virgem venha nos valer
XXI
Iansã tem um leque de penas
Pra abanar em dia de calor
Iansã tem um leque de penas
Pra abanar em dia de calor
Iansã mora nas pedreiras
Eu quero ver meu pai Xangô
Iansã mora nas pedreiras
Eu quero ver meu pai Xangô
XXII
Sonhei um sonho lindo, sonho tão lindo que me encantou
Eu me banhava com as águas da Oxum
Que desciam da pedreira de pai Xangô
Tempo virava ventos e o trovão roncou
Era a bela Oyá que no meu sonho vinha para me ajudar
Ela bailava sem ter os pés no chão
Com sua espada e seu cálice na mão
Era Iansã me dando sua proteção
XXIII
O navio apitou
Vai de mar afora
É Insã que já vai embora
XXIV
Oxalá que corre o mundo
Corre o mundo sem para
Oi me leve esta Santa de volta da o Altar